Inflação oficial cai pelo 3º mês seguido
Com esse resultado, a inflação acumula alta de 4,48% no ano, superior aos 2,80% do mesmo período do ano passado. Nos últimos doze meses, a variação ficou em 6,17%, abaixo dos 6,37% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2007, a taxa havia ficado em 0,47%.
Após uma alta de 1,05% em julho, os alimentos e bebidas tiveram deflação em agosto, de 0,18%. A queda dos preços do grupo foi a principal responsável pela perda de ritmo do crescimento do IPCA na passagem de julho para agosto. A maioria dos produtos mostrou redução nos preços de um mês para o outro, com destaque para o tomate, cujo preço recuou 36,91%, batata inglesa (-6,55%) e feijão mulatinho (-6,46%).
Apesar do resultado de agosto, o grupo dos alimentícios, acumulou alta de 9,58% no ano, bem acima de igual período do ano passado, quando havia ficado em 6,73%.
Não alimentícios
Já os produtos não alimentícios subiram um pouco mais de um mês para o outro: de 0,38% para 0,42%, tendo em vista reajustes ocorridos em itens importantes com preços administrados ou controlados.
O litro da gasolina ficou 0,25% mais barato no mês de agosto, depois da alta registrada em julho (0,59%). De julho para agosto, os resultados do álcool (de 1,89% para 0,43%) e das tarifas dos ônibus interestaduais (de 8,38% para -0,63%) contribuíram para a estabilidade no grupo Transporte (de 0,46% para 0,06%).
Os remédios, ao passarem de 0,37% em julho para -0,41% em agosto, foram os principais responsáveis pelo menor crescimento da taxa do grupo saúde e cuidados pessoais (de 0,47% para 0,32%).
Entre os itens que pressionaram a taxa do mês, a liderança ficou com a conta de telefone fixo (de 0,62% para 2,27%), responsável por 0,08 ponto percentual na composição do IPCA de agosto, refletindo o reajuste autorizado pela Anatel no final de julho. Além da telefonia, houve alta também nas tarifas de energia elétrica (de 0,93% para 1,03%).
Também em alta, destacaram-se os artigos de vestuário (de -0,03% para 0,39%), cigarro (de 0,09% para 1,35%), cabeleireiro (de -0,48% para 1,47%), cursos diversos como idioma e informática (de 0,01% para 1,64%), além dos acessórios e peças para automóveis (de 0,57% para 1,65%).
INPC
Para as famílias com rendimento entre um e seis salários mínimos, a taxa de inflação para o mês de agosto foi menor, de 0,21%, refletindo o maior peso dos alimentos sobre os gastos da população de baixa renda. Em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) havia ficado em 0,58%.
No acumulado do ano, o índice ficou em 5,09%, superior à taxa de 3,13% referente ao mesmo período do ano passado. Nos últimos doze meses foi registrada a taxa de 7,15%, abaixo da taxa de 7,56% dos doze meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2007, o INPC foi 0,59%.
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