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Economia
Sexta - 05 de Setembro de 2008 às 03:38
Por: Valéria Cristina Carvalho

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O Brasil deve se tornar nos próximos dois anos o líder mundial em consumo de produtos agroquímicos, superando os Estados Unidos, que são o hoje o maior consumidor, de um ranking dos 10 maiores. A projeção é do presidente mundial da Bayer CropScience, Friedrich Berschauer. Ele disse isso durante a coletiva mundial da empresa, ontem, em Monheim, na Alemanha. Isso pode acontecer ainda até o final deste ano ou nos próximos dois anos, segundo o membro do Conselho Administrativo mundial e head global de gerenciamento de portifólio da Bayer CropScience, Rüdiger Scheitza. Mas, ainda conforme ele, é difícil prever exatamente quando isso deve se concretizar porque tudo depende do preço das commodities.

Scheitza observou que, ao contrário do americano, o produtor brasileiro se baseia no preço das commodities para definir sua produção. Ou seja, quando o preço cai, os investimentos na lavoura também diminuem, o que pode prejudicar a produção. O alto preço dos fertilizantes, que também impacta o ganho do produtor negativamente é outro fator que pode atrapalhar o aumento da produção brasileira.

O que o Scheitza disse pode ser exemplificado pela atual situação de Mato Grosso. Os produtores do Estado já anteciparam que por conta do alto custo dos fertilizantes e dificuldade dos produtores de acessar crédito, principalmente os que estão na área da Amazônia Legal, pode haver redução no uso desses produtos. Essa situação pode levar sim a uma queda produção.

O executivo também ressaltou que Mato Grosso tem intensificado sua produção nos últimos 10 anos, apesar de ainda sofrer com problema de falta de infra-estrutura e poucos recursos para financiamento da safra. Esses dois problemas atingem de forma geral o país inteiro. Para ele, o governo precisa investir mais nessa área.

Mas ainda assim a Bayer está otimista em relação ao mercado brasileiro. Scheitza lembrou que o país tem muita área disponível ainda para aumentar o cultivo, o que lhe torna uma forte potência para produzir mais do que qualquer outro lugar do mundo. Citando Mato Grosso, o executivo fez questão de citar que essas áreas disponíveis não se tratam de floresta. Ele frisou que toda vez que se fala que o Brasil ainda tem terra disponível para plantação, logo dizem que floresta. Scheitza citou disponibilidade de aproximadamente 18 milhões de acres.

Outro dado divulgado sobre o país foi que o mercado brasileiro de produtos agroquímicos cresceu 50% nos primeiros seis meses deste ano. Nesse mesmo período, as vendas da Bayer, a segunda maior do ramo no país, apresentou crescimento de 80% nas suas vendas. A expectativa é que esse aumento se repita para o próximo ano.





Fonte: A Gazeta

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