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Nacional
Terça - 02 de Setembro de 2008 às 16:27

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O juiz Marco Antônio Montemór encerrou o processo contra Daniele Toledo do Prado, acusada de colocar cocaína na mamadeira de sua filha Vitória do Prado Camargo, que tinha um ano quando morreu, no ano de 2006, em Taubaté (cerca de 130 km de São Paulo). A decisão é de 28 de agosto e foi divulgada hoje pelo Tribunal de Justiça, quase dois anos depois da morte da menina.

A sentença está baseada principalmente em dois argumentos: a falta de provas e os depoimentos das testemunhas, inclusive da acusação. Um laudo do Instituto de Criminalística comprovou que não havia cocaína na mamadeira da menina, como havia suspeitado a polícia. A suposta presença da droga foi o motivo da prisão.

No dia da prisão dela, um teste preliminar e uma detenção anterior da mãe por suspeita de porte de cocaína levaram a polícia a prender Daniele em flagrante.

"Esta investigação mostrou-se perceptivelmente precipitada e açodada na obtenção de resultados, principalmente com o advento da morte da criança (relembre-se: por motivo até aqui não elucidado), pois se baseou em meios precários e improvisados de investigação", escreveu Montemór em sua decisão.

Segundo o juiz, nenhuma testemunha ouvida durante o processo deu qualquer argumento que pudesse levantar suspeitas contra a mãe. "[As testemunhas] não forneceram elementos hábeis ou críveis da existência, sequer da razoabilidade de suspeita", completa o magistrado.

Maus-tratos

As acusações contra Daniele, além de levá-la para a cadeia, foram motivo de agressões de outras presas, que não toleram crimes contra crianças. Dois dias depois da prisão, ela foi espancada e teve a mandíbula quebrada. Uma presa foi indiciada por lesão corporal.





Fonte: Folha Online

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