Pesquisas revelam pouca diferença entre Obama e McCain
As últimas pesquisas realizadas nos Estados Unidos sobre o candidato democrata, Barack Obama, e o republicano, John McCain, indicam que a disputa eleitoral segue muito acirrada, pois os dois aparecem em um empate técnico em duas enquetes e uma terceira dá uma vantagem de seis pontos ao democrata.
As três pesquisas foram realizadas depois da Convenção Nacional Democrata e da nomeação de Sarah Palin como companheira de chapa de McCain, na quinta e sexta-feira passadas.
A primeira delas, realizada pela rede "CNN", indica que a dupla Obama-Biden tem apoio de 49%, enquanto McCain-Palin alcançam 48%, o que equivale a um empate técnico, se for levada em consideração a margem de erro.
Uma pesquisa similar da "CNN" indicava, há uma semana, que McCain e Obama estavam empatados com 47%.
Na opinião do diretor desta pesquisa, Keating Holland, isso indica que tanto o discurso que Obama pronunciou na convenção democrata para mais de 84 mil participantes quanto a designação de Palin foram bem recebidos pelos eleitores.
A pesquisa da "CNN" revela que, dos que viram o discurso de Obama, 51% afirmaram que agora estão mais dispostos a votar nele, enquanto 32% disseram que era menos provável que escolhessem o democrata.
Por outro lado, a pesquisa afirma que quatro em cada dez republicanos não estavam familiarizados com Palin, mas, mesmo assim, 38% dos entrevistados tinham uma opinião favorável dela, enquanto 21% não aprovavam sua escolha.
No entanto, 52% dos entrevistados disseram que a escolha de Palin era "muito boa", enquanto 46% a consideraram "aceitável ou ruim".
A segunda pesquisa, do instituto Zogby, informa que McCain-Palin obteriam o apoio de 47% dos americanos, enquanto Obama e Biden ficariam com 45%, portanto as duas duplas estão tecnicamente empatadas.
Esta pesquisa revela que os dois candidatos solidificaram o apoio entre as bases de seus partidos e inclusive McCain goza hoje de mais popularidade entre os seus do que Obama.
McCain tem o apoio de 89% dos republicanos, enquanto Obama tem o de 86% dos democratas.
Quando se contemplam as chapas (presidente e vice-presidente), o apoio dado a Obama continua sendo de 86%, enquanto o a McCain sobe para 92%.
Este aumento do apoio a McCain, na opinião do Zogby, se deve a que os republicanos imediatamente viram em Palin uma companheira de chapa com sólidas credenciais conservadoras.
A única das três pesquisas que dá a Obama a vantagem típica após as convenções é a que o Gallup publicou.
Segundo ela, o senador democrata tem uma vantagem de seis pontos em relação a McCain em intenções de voto: 49% para o democrata, contra 43% para o republicano.
Se os 49% de apoio a Obama forem comparados com os 45% que tinha antes da convenção, percebe-se que o democrata subiu quatro pontos percentuais.
Ao falar de McCain e da escolha de Palin, o Gallup indica que o apoio ao republicano subiu dois pontos e está agora em 43%, contra os 41% que tinha antes da divulgação do nome de sua companheira de chapa, na sexta-feira passada.
As pesquisas do Gallup vêm dando constante vantagem a Obama frente a McCain.
A maior diferença foi registrada na semana de 24 a 31 de agosto, quando, durante a convenção democrata, o senador de Illinois chegou a abrir oito pontos de vantagem em relação ao republicano.
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