Ideias simples podem ajudar a proteger o meio ambiente. É o caso do projeto da empresa baiana “Brindeslai”, que trabalha com brindes feitos a partir de materiais sustentáveis.
Segundo Jorge Luiz Veloso, gerente da empresa, a ideia de se usar produtos reciclados veio não só da “exigência do mercado de querer o novo e utilizar o que está em evidência no momento, como também da consciência ecológica”.
O grupo, que trabalha atualmente com brindes como canetas, canecas, blocos de anotações, squeeze e bonés, tem como “carro-chefe” dos produtos a camisa feita com garrafa tipo pet. Em parceria com uma empresa do estado de São Paulo, a Brindeslai recebe o tecido pronto e só finaliza, colocando a estampa.
Segundo Veloso, as camisas são feitas com 50% de “malha Pet” e os outros 50% de algodão. Ele informou ao G1 que o processo de criação do tecido é bem simples, mas industrial, por isso é encomendado fora da Bahia. De acordo com ele, em todo o país, e principalmente no Nordeste, ainda há poucas fábricas que trabalham com reciclagem.
“Para cada camisa são necessárias duas garrafas pet, de dois litros cada. Segundo Jorge, os materiais são separados e limpos, depois passam por uma máquina onde serão reciclados até virarem grão. Depois este grão passa por outro processo e vira linha, sendo misturado posteriormente com o algodão até virar tecido. O material final é de ótima qualidade, não tem problema de lavagem e não deforma”, explicou Jorge aoG1.
Segundo Veloso, o objetivo da empresa é, em 5 anos, retirar do meio ambiente cerca de 10 milhões de garrafas pet. Para ele, comprando a camisa, a população não ajuda só a preservar a natureza, como também a divulgar a proposta de conservação. A Brindeslai trabalha não só com grandes empresas, como o Sebrae, mas também com o consumidor final.
A resina de coco também é muito utilizada na empresa em outros produtos recicláveis, como canecas e tampas de squeeze. Canetas e blocos de anotações feitos com papelão e madeira sustentável fazem parte dos brindes oferecidos. Mas nenhum deles é feito na Bahia. Tudo é encomendado em São Paulo ou no exterior, e já vem pronto de fábrica, revelou Jorge.
Segundo Veloso, no Norte e Nordeste do Brasil, ainda há uma certa resistência quanto a saída desses produtos, pelo fato de muitas pessoas acharem que material sustentável não tem qualidade.
Para ele, o que falta é só consciência da população, que se começar a praticar ideias simples, como a coleta seletiva, muita coisa pode mudar para a sustentabilidade.
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