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Cidades/Geral
Quarta - 12 de Junho de 2013 às 09:25
Por: GUSTAVO NASCIMENTO

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Após três anos da aprovação da lei estadual que proíbe os trotes nas universidades de Mato Grosso, eles continuam sendo realizados normalmente na Capital. Moradores dos bairros próximos as instituições denunciam que os universitários utilizam as praças para realizar a atividade e além de deixarem o local imundo, depredam o lugar. 

A lei Nº 9.325 foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso em 17 de março de 2010, proíbe que os trotes sejam realizados dentro e fora das universidades e responsabiliza as instituições de realizar a fiscalização. De acordo com a lei, os alunos que forem pegos participando de trotes devem ser expulsos das universidades. 

Segundo a estudante universitária, de 23 anos, que não quis ter o nome divulgado, os trotes acontecem dentro e fora do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) normalmente e a administração do Campus não coíbe as ações. “Eu estou aqui há quatro anos e os trotes sequer diminuíram. Para comprovar não precisa de muito não, é só andar de carro nas primeiras semanas de aulas aqui perto da faculdade e ver o tanto de “pedágios” que são feitos pelas turmas”, disse. 

As praças dos bairros que ficam ao redor da universidade sofrem um problema à parte. Os estudantes utilizam o local para realizar as “iniciações dos calouros” e deixam a região completamente suja e, por vezes, depredada. 

De acordo com o motorista Domingos Portugal, de 58 anos, e que há 10 anos trabalha no bairro Jardim Petrópolis, todos os anos os estudantes vão até a praça para realizarem a ação. “É sempre assim eles vem, fazem a sujeirada toda e vão embora. É ovo, farinha, jenipapo, tinta e até tripa de peixe. Eles já utilizaram para as brincadeiras com os novatos, uma podridão, e depois quem tem limpar? São turmas de 30 ou 40 alunos que ficam bebendo fazendo baderna, mas, desta vez ainda está relativamente tranquilo, porque como o bairro está sem água vieram poucas turmas”. 

A revolta dos moradores já chegou às redes sociais. Em uma postagem na rede social, o vendedor de lanches Jair Augusto acusa a universidade de omissão. “Alô Reitores da UFMT o trote dos calouros é liberado? Se a resposta for sim, porque não fazem dentro da UFMT? (...) eles vem cedo para praças próximas e além de deixar tudo sujo e fedendo a ovo e etc, ainda quebram tudo que a comunidade demora meses pra arrumar!” 





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