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Sindimed e CRM afirmam que modelo não conseguiu solucionar problemas das unidades e ainda recebe do Estado em dia
OSS não ofereceu melhoria à saúde
Unidades de saúde de Mato Grosso administradas há dois anos pelas Organizações Sociais de Saúde (OSS) não apresentaram qualquer tipo de evolução no período. O modelo de gestão tampouco ofereceu soluções que permitissem aos pacientes a possibilidade de serem atendidos com maior dignidade. É o que aponta o Conselho Regional de Medicina e o Sindicato dos Médicos (Sindimed) do Estado, duas das entidades de maior referência no setor.
“Enquanto o Estado encaminha ‘rios de dinheiro’ para as Organizações Sociais, que por sua vez não fazem nada para melhorar a saúde pública em nosso Estado, o sistema de saúde de diversos municípios padece pela falta de recursos. Pessoas estão morrendo!”, ressalta Dalva Alves Neves, presidente do CRM-MT.
Segundo ela, neste ano e em 2012, durante vistorias realizadas em hospitais regionais dos municípios de Água Boa, Alta Floresta, Cáceres, Sorriso, Sinop, Rondonópolis e Colíder, o Conselho detectou dezenas de irregularidades na gestão das unidades.
Falta de medicamentos, de insumos, de materiais para os médicos; infraestrutura precária, leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) insuficientes, negação de atendimento a pacientes em estado grave são alguns dos problemas citados.
O CRM encaminhou ao Ministério Público Estadual relatórios detalhando a situação nas referidas unidades.
“A saúde pública de Mato Grosso, administrada pelas Organizações Sociais, não está funcionando a contento”, pontuou Dalva.
Presidente do Sindimed de Mato Grosso, Elza Queiróz, ressaltou que a entidade encabeçou um movimento que, até o momento, colheu 36 mil assinaturas para a criação de uma Lei de Iniciativa Popular que pede a rescisão do contrato entre Estado e Organizações Sociais, no que tange a área da saúde.
Elza informou que o Projeto foi encaminhado para apreciação da Assembleia Legislativa, mas que, há nove meses, encontra-se parado.
Membros do Sindimed e do Comitê em Defesa da Saúde Pública de Mato Grosso estiveram presentes nesta terça-feira (11) na Assembleia Legislativa para pressionarem na votação que decidiria se o Estado manteria vínculo com as Organizações Sociais. A votação, porém, não aconteceu (leia mais na página A5).
Em 2012, o Estado deixou de repassar a saúde dos municípios do interior R$ 42 milhões. Para este ano, entre recursos pagos e já empenhados do Estado às Organizações os valores somam aproximadamente R$ 34 milhões.
As OSS foram implantadas em Mato Grosso pelo ex-secretário de Saúde de Mato Grosso, Pedro Henry (PP).
MEDICAMENTOS VENCIDOS - O promotor de Justiça Alexandre Guedes informou que aguarda os resultados de diligências para concluir o inquérito que investiga o episódio em que centenas de medicamentos da Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (CAF) – administrada pela OS Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (Ipas) – perderam o prazo de validade.
Guedes enfatizou que vai pedir o relatório da Auditoria Geral do Estado, que detectou 25 irregularidades na gestão da CAF pelo Ipas, para anexá-lo à investigação.
Em nota, o Ipas pontuou que o problema deu-se por culpa da SES, que comprou remédios em excesso e não se atentou para as informações que lhe foram repassadas.
“Durante todo esse período contratual, o Ipas atingiu todas as metas contratualizadas e promoveu significativos avanços na melhoria dos serviços sob sua responsabilidade, evidenciados pelos indicadores de performance e, principalmente, pelos elevados índices de satisfação nas avaliações feitas pelos usuários das farmácias”.
“Enquanto o Estado encaminha ‘rios de dinheiro’ para as Organizações Sociais, que por sua vez não fazem nada para melhorar a saúde pública em nosso Estado, o sistema de saúde de diversos municípios padece pela falta de recursos. Pessoas estão morrendo!”, ressalta Dalva Alves Neves, presidente do CRM-MT.
Segundo ela, neste ano e em 2012, durante vistorias realizadas em hospitais regionais dos municípios de Água Boa, Alta Floresta, Cáceres, Sorriso, Sinop, Rondonópolis e Colíder, o Conselho detectou dezenas de irregularidades na gestão das unidades.
Falta de medicamentos, de insumos, de materiais para os médicos; infraestrutura precária, leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) insuficientes, negação de atendimento a pacientes em estado grave são alguns dos problemas citados.
O CRM encaminhou ao Ministério Público Estadual relatórios detalhando a situação nas referidas unidades.
“A saúde pública de Mato Grosso, administrada pelas Organizações Sociais, não está funcionando a contento”, pontuou Dalva.
Presidente do Sindimed de Mato Grosso, Elza Queiróz, ressaltou que a entidade encabeçou um movimento que, até o momento, colheu 36 mil assinaturas para a criação de uma Lei de Iniciativa Popular que pede a rescisão do contrato entre Estado e Organizações Sociais, no que tange a área da saúde.
Elza informou que o Projeto foi encaminhado para apreciação da Assembleia Legislativa, mas que, há nove meses, encontra-se parado.
Membros do Sindimed e do Comitê em Defesa da Saúde Pública de Mato Grosso estiveram presentes nesta terça-feira (11) na Assembleia Legislativa para pressionarem na votação que decidiria se o Estado manteria vínculo com as Organizações Sociais. A votação, porém, não aconteceu (leia mais na página A5).
Em 2012, o Estado deixou de repassar a saúde dos municípios do interior R$ 42 milhões. Para este ano, entre recursos pagos e já empenhados do Estado às Organizações os valores somam aproximadamente R$ 34 milhões.
As OSS foram implantadas em Mato Grosso pelo ex-secretário de Saúde de Mato Grosso, Pedro Henry (PP).
MEDICAMENTOS VENCIDOS - O promotor de Justiça Alexandre Guedes informou que aguarda os resultados de diligências para concluir o inquérito que investiga o episódio em que centenas de medicamentos da Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (CAF) – administrada pela OS Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (Ipas) – perderam o prazo de validade.
Guedes enfatizou que vai pedir o relatório da Auditoria Geral do Estado, que detectou 25 irregularidades na gestão da CAF pelo Ipas, para anexá-lo à investigação.
Em nota, o Ipas pontuou que o problema deu-se por culpa da SES, que comprou remédios em excesso e não se atentou para as informações que lhe foram repassadas.
“Durante todo esse período contratual, o Ipas atingiu todas as metas contratualizadas e promoveu significativos avanços na melhoria dos serviços sob sua responsabilidade, evidenciados pelos indicadores de performance e, principalmente, pelos elevados índices de satisfação nas avaliações feitas pelos usuários das farmácias”.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/17406/visualizar/
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