Telefonia celular continua sendo alvo de reclamações no Procon
Apesar das mudanças nas regras da telefonia celular feitas pela Anatel, em fevereiro deste ano, o número de reclamações no Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor ( Procon) não diminuíram. O órgão de defesa do consumidor defende uma fiscalização mais rigorosa.
Faz três anos que o empresário, Luiz Atônio Coelho, tem o nome sujo na praça. É o que sobrou de uma briga na justiça contra uma operadora de telefone celular. Tudo começou porque Luiz teve dificuldades para trocar de planos e encontrou uma barreira, ainda maior, quando quiz cancelar o serviço.
"Fiz um plano empresarial e passei mais de um ano e meio tentando cancelar. Tentava várias vezes pedir o cancelamento e não conseguia. Cheiguei a ficar várias vezes mais de duas horas no telefone, e quando eles me atendiam falava que já havia passado do horário", desabafou Luiz.
Casos assim estimularam a reformulação da lei sobre telefonia móvel. Desde fevereiro dete ano, a fidelização do cliente com as operadores têm sido vista com mais cuidado. Fidelizar ainda pode, mas o prazo não passa de um ano e a empresa é obrigada a dar benefícios como descontos e o aparelho de telefone celular, por exemplo.
Mas as vezes o amparo da lei tem dificuldade de se refletir na prática, ao contrário de que se pensava o número de reclamações registradas no Procon não diminuiu. Mais consumidores têm se queixado que o telefone celular mais atrapalha do que ajuda.
No ano passado, ainda, sem a lei específica foram 406 reclamações até agosto. No mesmo período deste ano foram registradas 533 reclamações.
De acordo com a superintendente do Procon/MT, Gisela Viana, a Anatel precisa ter uma fiscalização mais efetiva. "E que principalmente as punições devam ser mais severas", explicou Gilsela.
Luiz Antônio que teve a causa ganha na justiça, agora, espera vencer o silêncio da operadora. "Eles recorreram na ação e eu estou esperando a decisão final do juiz", revelo Luiz.
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