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Polícia Brasil
Terça - 19 de Agosto de 2008 às 15:52

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Um suposto estelionatário que se passava por "diretor de Ciretran" foi preso ontem pela manhã com documentos e recibos falsificados do órgão. Ele vinha sendo investigado depois que a corregedoria do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MT) foi informada que Rogério de Oliveira do Nascimento Procópio, 27, estava vendendo veículos que foram apreendidos e recolhidos ao pátio do órgão. Na casa dele, no bairro CPA 2 a Polícia apreendeu carteiras nacionais de habilitação (CNHs) falsificadas, cerca de R$ 3 mil em dinheiro e material usado para as fraudes. Ele nega o envolvimento de outras pessoas no golpe, mas as investigações estão só começando, garante a delegada Maria Alice Barros Amorim.

Rogério, que não é habilitado para dirigir, adulterou um documento de uma possível vítima, usando sua foto. Ele tinha ainda outros três documentos de terceiros. O acusado, que em seu "kit despachante" incluiu até uniforme do órgão, cooptava os clientes oferecendo "facilidades" na aquisição dos serviços prestados pelo Detran. Diego Bernardes, 23, acabou entregando ao golpista a CNH provisória para que o falso funcionário resolvesse para ele um problema acerca de uma multa. Esta CNH era uma das que foi apreendida com o acusado, além de farto material entre carimbos e recibos, com erros gramaticais. O suspeito, por exemplo, escreveu em um documento "cominicassão" em vez de comunicação, o que chamou a atenção de policiais.

A Delegacia Fazendária agora vai averiguar na grande lista de documentos apreendidos quantas pessoas foram enganadas pelo falso funcionário. Entre os papéis existem certidões de conclusão do curso teórico para obtenção da primeira CNH.

O corregedor do Detran, Cláudio César da Silva, afirmou que todos os documentos apresentados pelo acusado estão fora dos padrões dos usados normalmente pelo órgão, tratando-se de falsificações grosseiras. O acusado disse que os documentos eram confeccionados em lan-house, versão na qual a polícia não acredita. A delegada acredita que com a divulgação do caso, outras vítimas deverão procurar a polícia, principalmente aquelas que acreditaram tratar-se mesmo de funcionário do órgão. Rogério seguiu ontem mesmo para uma unidade prisional de Cuiabá.





Fonte: A Gazeta

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