Atentado na Argélia deixa 43 mortos; feridos chegam a 45
Um atentado realizado nesta terça-feira contra uma escola de polícia na Argélia deixou 43 pessoas mortas --entre elas um militar-- e 45 feridas, segundo dados do Ministério do Interior argelino. As informações iniciais dão conta que o ataque foi realizado por um suicida que lançou seu carro contra um grupo de pessoas.
Um comunicado divulgado pela agência de notícias oficial APS informou que o atentado aconteceu por volta das 7h30 (3h30 de brasília) e teve como alvo uma escola de gendarmaria em Les Issers, a 55 quilômetros da capital Argel. De acordo com o ministério, dos 45 feridos, 13 eram gendarmes. No balanço anterior, o total de pessoas feridas era de 38.
Testemunhas disseram que o ataque desta terça-feira foi realizado por um homem-bomba que jogou seu carro contra um grupo de candidatos ao serviço militar que fazia fila para se registrar.
"A maioria dos mortos era formada por jovens entre 18 e 20 anos. Eles estavam em fila esperando para entrar na escola para os testes de recrutamento quando foram atingidos pela explosão", disse uma testemunha à agência de notícias Reuters, em entrevista por telefone.
"A explosão do carro destruiu parte da parede de fora da escola e fez um buraco no chão a cerca de três metros de distância do portão principal", acrescentou a fonte.
A APS informou que a explosão danificou a fachada de várias casas e outros prédios localizados perto da escola e atingiu carros e outros veículos que estavam nas redondezas, ferindo vários passageiros.
A escola fica na estrada nacional RN12, que foi fechada ao tráfego para permitir que os serviços médicos socorram os feridos.
O atentado desta terça acontece após vários ataques recentes realizados pelo braço da rede terrorista Al Qaeda [de Osama bin Laden] no norte da África, mas ninguém reivindicou a autoria do atentado até o momento.
Ele acontece também dois dias depois de uma emboscada realizada por grupos islâmicos armados contra um comboio das forças de segurança em Skikda (leste), que deixou 12 mortos --oito policiais, três soldados e um civil--, segundo a imprensa argelina.
O grupo afiliado à Al Qaeda reivindicou vários ataques no passado, incluindo as explosões realizadas nos escritórios da ONU e em uma corte judicial em Argel, em dezembro de 2007, que mataram 41 pessoas --17 delas membros da equipe das Nações Unidas.
Com Reuters
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