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Economia
Terça - 11 de Junho de 2013 às 14:34

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O dia é de intensa volatilidade no mercado de câmbio. A moeda norte-americana abriu em forte alta, passou a cair após duas atuações do Banco Central e, pouco depois das 14h, voltou a subir. Veja a cotação

Perto das 15h (horário de Brasília), o dólar subia 0,05%, cotado a R$ 2,1490 para a venda.

O BC realizou, nesta manhã, dois leilões de swap cambial tradicional – que equivalem a uma venda futura de dólares – depois de a moeda ter ultrapassado o patamar de R$ 2,16. Depois destas atuações, o dólar chegou a cair para R$ 2,139.

"O BC não tem interesse de deixar o dólar se apreciar muito fortemente. Não vejo um patamar fixo como antes, mas ele está tentando estabilizar a moeda em torno de R$ 2,15 na medida do possível", afirmou, em entrevista à agência Reuters, o consultor de pesquisas econômicas do Banco Tokyo-Mitsubishi Mauricio Nakahodo.

Para o consultor, a valorização do dólar ante o real pode pressionar a inflação e atrapalhar os planos do BC de segurar os preços por meio do aumento da taxa básica de juros, atualmente em 8% ao ano após o início do ciclo do aperto monetário em abril.

IOF
O mercado também aguarda possíveis novas medidas do governo, depois que foi confirmada uma reunião do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com a presidente Dilma Rousseff, no final da tarde desta terça.

O mercado especula a possibilidade de o governo zerar a alíquota de 1% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide sobre aumento de posição vendida em derivativos cambiais, na semana seguinte à que o governo zerou a cobrança do IOF de 6% sobre aplicações de estrangeiros em renda fixa brasileira, num momento em que o fluxo financeiro ao Brasil fica cada vez mais escasso e o dólar dispara aos maiores níveis em mais de quatro anos, destaca o Valor.

Intervenções do BC
Esta terça foi o segundo dia seguido de ação do BC sobre o mercado de câmbio. Na véspera, também foram realizados dois leilões de swap cambial. Ainda assim, o dólar fechou a segunda-feira cotado a R$ 2,1479, alta de 0,71%.

A última vez que o BC havia feito dois leilões de swap num mesmo pregão foi no dia 26 de dezembro, quando a moeda rondava R$ 2,08.

"Claramente as intervenções no mercado futuro não estão funcionando. O BC deveria partir para algo mais agressivo, que seria a venda de dólar no à vista", diz o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

No mês, até o último fechamento, o dólar tem alta de 0,26% ante o real. No acumulado do ano, a valorização já supera os 5%.

BC dos EUA
Nos últimos dias a demanda pela moeda norte-americana segue aquecida pelo debate em torno do rumo da política monetária dos Estados Unidos e a possível redução de estímulos por parte do Fed (banco central do país).

A alta do dólar no Brasil, que ocorre na esteira de um movimento global de valorização da moeda norte-americana, é potencializado no país pela persistente deterioração nas expectativas para a economia doméstica.

Lá fora, cresce também o temor de retirada de estímulos monetários por parte de outros importantes bancos centrais do mundo. Nesta terça, o BC do Japão manteve a política monetária inalterada e não estendeu os prazos de um programa de oferta de recursos a juros baixos.

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