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Internacional
Sexta - 15 de Agosto de 2008 às 15:08

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O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, assinou nesta sexta-feira um cessar-fogo com a Rússia, depois de oito dias de confronto. "Com a assinatura desse acordo, as tropas russas e outras tropas paramilitares ilegais que tenham entrado com elas devem sair imediatamente [da Geórgia]", afirmou a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice.

"Nossa tarefa mais urgente, hoje, é a retirada urgente e organizada das Forças Armadas da Rússia", afirmou Rice. "Isso não é mais 1968", completou a secretária de Estado dos EUA, que assumiu nesta sexta-feira a negociação com Saakashvili.

Na última quarta-feira (13), Saakashvili esteve com o presidente da França e atual presidente da União Européia, Nicolas Sarkozy, então encarregado de mediar as conversas. Na ocasião, o georgiano afirmou que aceitava os termos da trégua com a vizinha rival que havia sido feita pela União Européia, mas acabou não assinando o acordo. A assinatura, então, passou a ser a exigência da Rússia para a retirada de suas tropas.

Conforme Sarkozy, agora, as tropas russas devem iniciar sua retirada. Ontem (14), militares americanos confirmaram que já havia notícias de recuo por parte dos russos. Mesmo assim, na manhã desta sexta, a Geórgia ainda registrava controle russo em quatro cidades do país --Gori, Poti, Senaki e Zugdidi.

Bush

Pouco antes do anúncio da assinatura do cessar-fogo na Geórgia, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fez um pesado pronunciamento contra a Rússia, na Casa Branca. Foi a terceira vez, em três dias, que Bush faz discursos contra a Rússia.

"Para começar a consertar suas relações com os Estados Unidos, a Europa e outras nações e para começar a recuperar seu lugar no mundo, a Rússia precisa respeitar a liberdade dos países vizinhos", afirmou. "A Guerra Fria acabou."

Os conflitos entre Geórgia e Rússia começaram na quinta-feira (7), quando a Geórgia, que é aliada dos EUA, enviou tropas para retomar o controle sobre a Ossétia do Sul, uma região separatista que declarou independência no começo dos anos 90. Moscou reagiu à ofensiva porque apóia o pequeno território e mantêm forças de paz na região.

Escudo

Em meio à grave crise no Cáucaso, EUA e Polônia anunciaram ontem a assinatura de acordo para a instalação de um escudo antimísseis americano em território polonês. De acordo com o documento, em troca de sediar o escudo, a Polônia receberá reforço armamentista.

O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, criticou a iniciativa e afirmou que o país se sente ameaçado. "O desenvolvimento de novas forças antimísseis têm como alvo a Rússia". Mais cedo, o o general Anatoly Nogovitsyn, integrante do comando militar russo, havia dito que o escudo deixou a Polônia "100% exposta a ataques" e insinuou que a Rússia está disposta a atacar a Polônia, caso o escudo seja usado contra o país.

Com agências internacionais





Fonte: Folha Online

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