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Saúde
Quarta - 13 de Agosto de 2008 às 16:43

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A venda de motos este ano cresceu quase 30% em relação aos primeiros sete meses do ano passado. Além do impacto no trânsito, esse aumento significa mais poluição – já que um carro zero a gasolina lança no ar 0,4 gramas de monóxido de carbono por quilômetro rodado, enquanto uma moto nova emite 6 gramas na mesma distância.

E as principais vítimas do ar carregado são os próprios motoqueiros, como ficou comprovado no teste feito com um aparelho desenvolvido pelo pesquisador Paulo Saldiva, professor da Faculdade de Medicina da USP, que mede os níveis de poluição inalada pelos pulmões.

O equipamento foi instalado no capacete de um motoboy, que saiu para uma entrega de menos de 30 minutos. Depois do percurso terminado, o número no medidor revelou com precisão o quanto a poluição impacta a saúde dos motoqueiros.

“O resultado indica que um indivíduo que trabalha dez horas nesse ritmo teria fumado o equivalente a cinco ou seis cigarros”, analisa Paulo Saldiva. “Ele vai ter um risco de infarto de cinco a seis vezes maior e redução da expectativa de vida em torno de quatro a cinco anos”.

A motocicleta polui mais porque a maioria dos modelos não tem injeção eletrônica nem catalisador. Os fabricantes dizem que a partir de janeiro, as novas motos vão sair da fábrica poluindo muito menos.

“Essa é uma obrigação dos fabricantes perante a lei”, garante Moacir Paes, diretor da associação de fabricantes de moto.





Fonte: G1

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