Índice que reajusta aluguel fica perto da estabilidade
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) ficou perto da estabilidade, recuando apenas 0,01% na primeira leitura de agosto. Um mês antes, tinha avançado 1,55%. As informações foram apresentadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Houve queda nos preços no atacado, com recuo marcado nos produtos agropecuários.
O indicador, usado na correção de tarifas de energia, contratos de prestação de serviços e de boa parte dos aluguéis, subiu 8,70% no acumulado do ano e teve elevação de 13,99% nos últimos 12 meses.
Nesta parcial, o Índice de Preços por Atacado (IPA), que representa 60% do índice geral, cedeu 0,24%. Em medição correspondente de julho, tinha crescido 1,97%. Os produtos agropecuários caíram 2,91%, invertendo a direção tomada um mês antes, de acréscimo de 3,49%. Os produtos industriais aumentaram 0,82% após elevação de 1,38% na pesquisa inicial de julho.
Dos três estágios de produção compreendidos pelo IPA, as Matérias-Primas Brutas registraram baixa de 2,79%, mudando o rumo verificado no estudo correspondente de julho, quando cresceram 3,55%. Os Bens Intermediários tiveram alta de 0,99% e os Bens Finais ampliaram-se 0,55%. No levantamento anterior, essas cifras equivaleram a 2,13% e 0,32%, na ordem.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-M, verificou suavização no ritmo de crescimento, indo de 0,42% na parcial de julho para 0,07% agora. Nessa desaceleração, contribuiu o comportamento do grupo Alimentação, que abandonou um acréscimo de 0,89% no primeiro decêndio de julho para uma queda de 0,59% nesta apuração.
Dentro do ramo Alimentação, a FGV destacou os itens carnes bovinas (5,19% para -0,55%), hortaliças e legumes (-1,44% para -4,17%), arroz e feijão (4,37% para -0,39%) e laticínios (0,96% para -0,51%). Também ficaram no território negativo as classes de despesa Vestuário (-0,69%) e Educação, leitura e recreação (-0,04%).
O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), representativo de 10% do indicador total, expandiu-se 1,40% na leitura inicial de agosto, ligeiramente acima da taxa verificada um mês antes, de 1,38%. O índice relativo a Materiais e Serviços subiu 2%, passando o 1,58% da medição equivalente de julho. O indicador referente à Mão-de-Obra teve variação positiva de 0,73% ante o 1,15% do mês passado.
O primeiro decêndio do IGP-M de agosto compreendeu o intervalo entre os dias 21 e 31 do mês de julho.
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