STJ adia análise de redução de pena de Suzane von Richthofen
A decisão foi adiada porque o relator do caso, o ministro Og Fernandes, pediu vista do processo. Outro fator que também adiaria a análise é de que, tecnicamente, o STJ não tinha conhecimento do pedido pois faltam peças essenciais no processo.
O ministro Naves, da 6ª Turma, analisou o pedido feito pela defesa de Suzane e levou seu voto para o julgamento. Ele fez as duas sugestões de redução de pena, previstas no regimento interno do STJ.
O habeas corpus apresentado pela defesa de Suzane quer o reconhecimento da atenuante da confissão, considerada para a redução das penas dos co-réus Daniel e Christian Cravinhos, condenados pelo mesmo crime.
Os advogados alegam que para ela somente foi considerada a menoridade relativa, atenuante aplicável aos indivíduos que tenham entre 18 e 21 anos, quando cometem crimes, segundo o STJ. No dia do assassinato, Suzane tinha 19 anos. De acordo com o STJ, a defesa da condenada alega que isso caracterizaria "flagrante violação do princípio da proporcionalidade e do da isonomia".
Crime
Os pais de Suzane, Marísia e Manfred von Richthofen, foram assassinados em casa, enquanto dormiam. Em julho de 2007, além de Suzane, foram condenados o então namorado dela, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian.
Suzane afirmou que planejou a morte dos pais "por amor" ao namorado.
Os três foram denunciados (acusados formalmente) pelo Ministério Público por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
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