Videogame ajuda paciente com câncer a tomar remédios
Jogar videogame pode ajudar jovens com câncer a seguir melhor os tratamentos prescritos, de acordo com um relatório publicado pela revista "Pediatrics".
"Videogames direcionados podem ajudar a melhorar adesão dos jovens aos tratamentos", disse a diretora científica do estudo, Pamela M. Kato, do University Medical Center Utrecht, na Holanda. Seguir corretamente o tratamento é um problema grave nessa faixa etária, de acordo com ela.
Os pesquisadores designaram aleatoriamente 375 pacientes, homens e mulheres entre 13 e 29 anos em tratamento em hospitais dos Estados Unidos, Canadá e Austrália, para jogar "Re-Mission" ou "Indiana Jones and the Emperor's Tomb".
No "Re-Mission", desenvolvido pela HopeLab, uma empresa sem fins lucrativos sediada na Califórnia, os jogadores controlam um pequeno robô chamado Roxxi, que se movimenta em um ambiente tridimensional representando o interior do corpo de um jovem paciente com câncer.
Os jogadores podem usar o Roxxi para detonar células cancerosas e controlar os efeitos colaterais, e vencer o jogo requer que os remédios de quimioterapia e antibióticos sejam tomados corretamente, além do uso de técnicas de relaxamento, boa alimentação e outras formas de cuidado pessoal.
O acompanhamento eletrônico demonstrou que, no grupo do "Re-Mission", houve melhora de 16% no uso dos antibióticos. A adesão à quimioterapia padrão também foi maior no grupo do "Re-Mission".
Embora tenham sido registradas melhoras dramáticas nos índices de sobrevivência em pacientes pediátricos de câncer nos últimos anos, o número de mortes entre adolescentes não segue essa tendência. "Eles são um grupo um tanto difícil, que fica um pouco perdido no sistema", diz Kato.
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