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Quinta - 07 de Agosto de 2008 às 14:27
Por: Uiara Ribeiro

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Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças, Alta Floresta, Tangará da Serra, Primavera do Leste, Barra do Bugres e Juína. Essas são as cidades onde o protesto contra o reajuste salarial dos policiais militares começa a tomar corpo. Há cinco dias, as esposas dos policiais promovem manifestações contra o baixo salário dos PMs concedido pelo governo Maggi. Elas rejeitam o valor do reajuste salarial que foi aprovado, na última terça feira (05), pela Assembléia Legislativa (AL). O reajuste autorizado pela Casa de Leis equivale ao aumento de 30%, divididos em três vezes, pago ao longo de três anos: 2008, 2009 e 2010.

Segundo as esposas dos policiais o aumento é “irrisório e não satisfaz a classe que agora luta por melhorias junto ao governo do estado”. A situação se tornou uma reação em cadeia no interior de Mato Grosso e a previsão é que as manifestações continuem até que o governo recue da decisão.

A proposta de reajuste foi votada na AL como emenda, agora a medida deve ainda ser aprovada em segundo turno na Assembléia para, a partir daí, o projeto virar lei com a sanção do governador. “Estamos pleiteando o mesmo aumento dos oficiais para os praças. Não é o primeiro protesto que fazemos em Sinop, mas agora é uma guerra difícil que temos que enfrentar. Temos que ter persistência e força de vontade”, afirmou Eliane Almeida, esposa de um policial de Sinop.

Segundo Eliane, a mobilização em Sinop continua do mesmo jeito. Cerca de 30 mulheres estão reunidas em frentre ao quartel, com as fardas dos militares molhadas e penduradas em varal. O manifesto começou às 06h e, como a lei proíbe que militares entrem em greve, as esposas estão fazendo esta manifestação, sem hora para acabar.

Já a esposa do policial de Rondonópolis, Adriana Brasil, disse esta manhã (07) que as esposas estão mantendo contato para que os protestos não acabem tão cedo. “A classe vai continuar até quando o governador nos receber para conversar”, disse Adriana Brasil acrescentando, “estamos ai para somar forças e vamos continuar com os protestos, sem dia para acabar”.

A situação é a mesma em Barra do Garças. As mulheres permanecem desde a madrugada na entrada do 2º Batalhão da Polícia Militar, com fardas molhadas em varal e faixas com dizeres: “Os praças também tem família”. A esposa de um policial, Luciene Ferreira Carajás afirmou que o objetivo não é prejudicar a população. “Os policiais estão trabalhando a paisana, com efetivo de 30%, o permitido pela lei. O que queremos é um salário digno e estamos pedindo o apoio da sociedade nessa luta também”, concluiu ela.





Fonte: PnB Online

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