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Economia
Quinta - 07 de Agosto de 2008 às 08:53

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O crescimento do número de investidores de pequeno porte que destinam parte de seus recursos à bolsa tem chamado a atenção das áreas de Relações com Investidores (RI) das companhias.

Segundo dados da Bovespa, o número de contas individuais do País superou 528 mil em julho, mais do que o dobro de igual período do ano passado. De olho no varejo, algumas empresas desenvolvem estruturas específicas de atendimento, cujo objetivo é dar conta de suas demandas próprias.

Uma das companhias que apostam na segmentação do departamento de RI é a Petrobras, cuja grande maioria de acionistas - cerca de 95% - é formada por investidores individuais que adquirem os papéis, diretamente ou por meio de fundos de ações.Dos quatro gerentes do departamento de relações com investidores da petrolífera, um dedica-se exclusivamente a essas demandas. Elas somam, em média, 1.500 atendimentos mensais por telefone, 400 por fax, e-mail ou carta e outros 150 feitos pessoalmente. "As questões mais comuns são relativas às áreas operacionais, planos de investimentos da companhia e sobre a nossa política de pagamento de dividendos", afirma o coordenador de relações com investidores da Petrobras, Alexandre Fernandes.

Outro que tem apostado no crescimento do interesse de investidores individuais em renda variável é o Bradesco, maior banco privado do País, e cuja estrutura de RI já obedece à segmentação. O atendimento de investidores de varejo do banco é feito por três profissionais: um gerente e dois analistas de investimento. No segundo semestre, a área do site destinada a RI deve ser remodelada. Terá algumas ferramentas específicas para pequenos investidores. "Poucas empresas listadas na Bovespa têm mais de 10 mil acionistas pessoa física. Temos cerca de três milhões e todo o interesse em atender adequadamente suas demandas", afirma o diretor do departamento de RI do banco, Jean Phillippe Leroy.

Ao longo deste ano, o departamento de RI do Bradesco receberá investimentos de aproximadamente R$ 3 milhões. A maior parte do montante será direcionada à organização de eventos em parceria com entidades do mercado.

Outro banco cuja área de relações com investidores tem dedicado atenção ao varejo é o Banco do Brasil (BB), cuja base acionária - composta com mais de 350 mil sócios - é quase toda formada por pequenos investidores. Uma oferta de ações da instituição, realizada no fim do ano passado, levantou R$ 2 bilhões. Quase metade dos papéis ficou nas mãos de investidores de varejo.

O BB prepara, ainda para este ano, a criação de um blog para que investidores possam ter maior interlocução com o departamento de RI. "Quando o blog estiver à disposição, será possível que acionistas tenham acesso à agenda e a tudo o que a área de RI estiver fazendo", projeta o diretor de RI do BB, Marco Giovane.

Dois movimentos O maior interesse das áreas de RI das companhias em pequenos investidores não se limita às principais cidades do País.

Bradesco, Petrobras e Banco do Brasil têm realizado eventos para investidores de pequeno porte em praças menos tradicionais.. A petrolífera, por exemplo, tem encontros desse tipo agendados até o fim do ano. Os locais de visita incluem Salvador, Goiânia, Campinas, Natal e Juíz de Fora.

O mesmo caminho tem tomado o BB, que já marcou reunião com investidores de Belém e também se prepara para fazer o mesmo no Mato Grosso. "Para nós, o processo de interiorização faz todo o sentido, já que queremos captar novos clientes do banco e atraí-los para o mercado de renda variável", explica Giovane.





Fonte: Gazeta Mercantil

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