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Segunda - 10 de Junho de 2013 às 15:19
Por: LISLAINE DOS ANJOS

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Agora MT/Divulgação
O capitão Fernando Galindo, que participou das buscas e prisão do enfermeiro
O capitão Fernando Galindo, que participou das buscas e prisão do enfermeiro
O enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, de 44 anos, ex-marido da juíza Glauciane Chaves de Melo, 42, confessou ter assassinado a magistrada na última sexta-feira (7). Segundo a polícia, ele se disse "arrependido" de ter cometido o crime.


 
A juíza foi morta a tiros pelo ex-marido dentro de seu gabinete, no Fórum de Alto Taquari (479 km ao Sul de Cuiabá). O enfermeiro foi capturado pela polícia na manhã desta segunda-feira (10).


 
Lima estava escondido em uma região de mata densa, a 15 km da cidade de Alto Taquari. Ele foi capturado por oito policiais do 15º Batalhão de Polícia Militar de Alto Araguaia.


 
"Ele não resistiu à prisão. Com exceção de alguns arranhões causados pela mata, ele aparentava estar bem fisicamente" De acordo com o comandante do batalhão, capitão Fernando Augustinho de Oliveira Galindo, que participou diretamente da prisão, o enfermeiro estava apenas com a roupa do corpo – ele vestia calça e camiseta pretas – e aparentava estar exausto.


 
Ao Midianews, Galindo afirmou que Lima não tentou fugir ao ser encontrado pelos policiais.


 
“Ele não resistiu à prisão. Com exceção de alguns arranhões, causados pela mata, ele aparentava estar bem fisicamente, apenas exausto pela falta de comida e de água”, disse.


 
Segundo o capitão, o enfermeiro reclamava de câimbras e se dizia constantemente arrependido do crime.


 
“Ele dizia que não pretendia cometer o crime, mas que estava com ciúme do novo relacionamento da juíza e que se sentia traído. Ele tinha consciência da gravidade do que fez, estava 100% lúcido e ficava repetindo que estava arrependido”, relatou o policial.


 
Buscas


 
Segundo o capitão, aproximadamente 35 policiais militares das regionais de Alto Araguaia e Rondonópolis estavam dentro da mata na manhã desta segunda-feira (10).


 
Desde a última sexta-feira, a polícia realizava buscas pela região, fechando o cerco no município para evitar a fuga do enfermeiro para os estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, que fazem fronteira com Alto Araguaia.


 
"Ele dizia que não pretendia cometer o crime, mas que estava com ciúme do novo relacionamento da juíza e que se sentia traído" Lima foi levado para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), onde será interrogado pelo delegado João Ferreira Borges, que conduz as investigações.


 
Ao MidiaNews, Borges afirmou que o enfermeiro será autuado em flagrante por homicídio qualificado – com motivo torpe e que impossibilitou a defesa da vítima.


 
Ao todo, quase 100 policiais civis e militares atuavam nas buscas pelo suspeito. De acordo com o delegado, todas as fazendas localizadas na região do Araguaia estavam sendo vistoriadas pela Polícia Civil, enquanto a Polícia Militar atuava no cerco da região de mata onde o suspeito poderia ter se escondido.


 
Inquérito


 
A polícia trabalha com a hipótese de crime passional, uma vez que o enfermeiro não teria aceitado o fim de seu relacionamento com a juíza, encerrado em dezembro do ano passado.


 
O crime


 
A juíza Glauciane Melo, 42, foi assassinada com dois tiros na nuca, dentro de seu gabinete, no fórum municipal.


 
O suspeito, que já teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, teria ido ao fórum e, após uma discussão com a magistrada, teria efetuado os disparos. Ele abandonou a arma, um revólver calibre 38, nas imediações do local e fugiu em seguida.


 
Segundo Borges, o enfermeiro não tem passagens pela polícia.





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