Preço do arroz em Mato Grosso deve aumentar, prevê Conab
Ele participou do seminário de arroz em terras altas, ontem, em Sinop.
O aumento nos custos de produção, principalmente dos fertilizantes (subiu 70% no último ano) será um problema a ser resolvido pelo governo. No curto prazo, a tendência é de que o preço do produto, que hoje corresponde a 40% dos valor da produção, em média, continue elevado no Brasil e exterior. “O produtor rural terá que fazer um bom gerenciamento dos seus custos, aplicando bem todos os seus insumos”, disse Paulo. Para o economista, se o produtor não fazer esse gerenciamento “a lucratividade no campo será ainda menor, mesmo com o preço do arroz em alta”.
Na visão de Paulo Morceli, os orizicultores mato-grossenses têm lucratividade maior que os do sul do país, e os fatores apontados são: menos concorrência com arroz de países vizinhos, e, a logística de escoação da produção no Rio Grande do Sul. “O excesso de produção no sul, faz com que os produtores tenham que deslocar o produto para o sudeste, principal mercado consumidor”, declara. “A oferta de arroz argentino e uruguaio, é um regulador dos preços no sul”, diz. Em Mato Grosso a produção na atual safra somou 707 mil toneladas, em uma área de 275 mil hectares.
O Brasil, pela primeira vez, desde a década de 70, será exportador líquido do produto. A previsão da Conab é exportar 700 mil toneladas, e importar 600 mil, serão 100 mil toneladas no saldo das exportações. Os principais consumidores do arroz brasileiro, são países de América Latina, entre eles, o Perú, a Colômbia, e Equador. Países do continente Africano e do Oriente Médio “também são importantes compradores do arroz do Brasil”, diz o gerente de Alimentos Básicos da Conab.
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