Solteiros têm mais risco de demência, diz estudo
Estar solteiro quando se chega à meia-idade pode significar mais do que ter a casa toda para si mesmo - pode, também, aumentar o risco de demência, condição mental caracterizada pela perda de habilidade cognitiva.
Uma pesquisa de um instituto sueco, apresentada durante uma conferência nos Estados Unidos, concluiu que ter um companheiro reduz pela metade a chance de desenvolver demência.
Divorciados que continuaram sozinhos mostraram ter um risco três vezes maior de demência, enquanto os que ficaram viúvos jovens e permaneceram sozinhos mostraram ter um risco seis vezes maior.
Para chegar a essas conclusões, o Instituto Karolinska analisou 1.449 pessoas na meia-idade de um banco de dados finlandês. Elas responderam perguntas sobre seus relacionamentos e, 21 anos depois, foram checadas para saber se haviam desenvolvido demência.
No total, 139 dos analisados haviam desenvolvido algum tipo de debilidade cognitiva. Desses, 48 haviam sido diagnosticados com mal de Alzheimer.
Mesmo levando em conta o impacto de outros fatores que poderiam levar ao desenvolvimento de demência nesses casos, o estudo mostrou que, de maneira consistente, aqueles com parceiros tinham menos probabilidade de ver surgir o mal.
Interação social
Os cientistas acreditam que a interação social dos parceiros num casal pode ajudar a evitar a doença.
"Ter um relacionamento é normalmente uma das formas mais intensas de estímulo social e intelectual", diz a pesquisadora Krister Hakansson, que liderou a pesquisa. "Esse estudo mostra os efeitos benéficos da vida de casado."
Mas a pesquisadora Susanne Sorenson, da ONG britânica Alzheimer's Society, disse que “os solteiros não deveriam se preocupar - há muitas outras maneiras de reduzir o risco de demência que não envolvem o casamento."
"A melhor opção está em seguir uma dieta mediterrânea (com muitos vegetais e azeite de oliva), praticar exercícios com regularidade e não fumar", afirmou.
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