Alta da Selic pode aumentar juros do crédito consignado para aposentados
Higashino afirmou que está aguardando "a melhor oportunidade" para apresentar a idéia aos demais conselheiros. “Vamos aguardar um pouco mais o posicionamento do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional, principalmente, para ver se continua [o ritmo de alta] ou se estabiliza. É uma questão de aguardar um pouco mais para que a gente possa discutir no plenário”, afirmou.
O representante da Febraban argumentou que o critério utilizado pelo Conselho Nacional de Previdência Social tem sido o de ajustar os juros sobre o crédito com desconto em folha de acordo com a variação da taxa Selic. “Assim funcionou desde 2006 para cá com a diminuição da taxa”, lembrou.
Em referência ao mercado, observou Higashino, o percentual cobrado é regulado pela concorrência entre os bancos. “Normalmente, quando se fala em consignado, o acordo que o banco faz com a empresa ou com o órgão para fazer empréstimo pode ter ou não a fixação da taxa de juros”.
Higashino argumentou que o aumento da taxa Selic significa alta na taxa de juros de captação dos bancos, com isso, as instituições financeiras pagam mais caro para buscar recursos. “Então, não há como disponibilizar recursos para qualquer empréstimo, sem prever e considerar essa alta da taxa”.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central corrigiu, no último dia 23, a taxa Selic em 0,75%, passando de 12,25% para 13% ao ano. No início de junho, o Copom havia aumentado a taxa de juros de 11,75% para 12,25% ao ano. Em abril, a alta foi também de meio ponto percentual, com a taxa passando de 11,25% para 11,75%.
Também chamada de Selic, porque remunera os títulos depositados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia, a taxa básica de juros estava estacionada em 11,25% desde setembro do ano passado.
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