Abastecimento de cimento começa a ser normalizado em Mato Grosso
O abastecimento de cimento está normalizado no mercado de Cuiabá. O preço do produto também se regularizou, caindo dos R$ 24 a R$ 26 que era comercializado há aproximadamente 60 dias para entre R$ 18 e R$ 20 a saca, uma redução de 23,07%.
Essa regulação se deu por conta da entrada no mercado do cimento Poti, produzido na fábrica da Votorantim no Sergipe. O presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção de Mato Grosso (Acomac/MT), Wenceslau Júnior, destaca ainda que também não há mais controle da quantidade vendida para cada cliente. "Antes, a cada 60 lojas percorridas, encontrava-se o produto em 10 e mesmo assim não era possível comprar qualquer quantidade, agora isso não acontece mais. Em qualquer loja há o produto disponível", assegurou o dirigente classista.
A normalização do mercado já era prevista desde que a Votorantim, dona da fábrica de cimentos Itaú, instalada em Nobres, anunciou que traria o cimento Poti do Sergipe. A operação foi necessária para suprir a crescente demanda do setor de construção civil em Mato Grosso. A fábrica de Nobres é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 70% do mercado mato-grossense, mas já não está sendo suficiente.
O crescimento da demanda, aliada à pouca oferta de cimento, fez com que o preço do produto subisse há aproximadamente dois meses.
A situação chegou a tal ponto que a diretoria da Votorantin esteve em Cuiabá para anunciar a operação de buscar o cimento Poti em Sergipe enquanto a fábrica de Nobres é ampliada. O processo deve durar até janeiro do ano que vem, data prevista para entrar em operação um novo forno na unidade de Mato Grosso. Com o novo forno, a fábrica vai produzir 320 mil toneladas a mais de cimento por ano. Hoje, a produção é de 900 mil toneladas ano.
Segundo a diretoria da Votorantim, as vendas da fábrica de Nobres aumentaram 30% nos primeiros cinco meses deste ano, ao passo que o mercado brasileiro cresceu 15% na área. A previsão da empresa é que o setor da construção civil continue aquecido no Estado pelos próximos cinco anos, crescendo acima da média nacional. isso quer dizer que a oferta de cimento também terá que passar por constante aquecimento.
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