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Polícia Brasil
Terça - 29 de Julho de 2008 às 14:46

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O combate ao narcotráfico foi alvo da operação “Alto-Volume”, deflagrada na manhã desta terça-feira (29.07) pela Polícia Judiciária Civil. O objetivo foi desarticular uma quadrilha com ramificações em Mato Grosso e fornecimento de drogas nos estados do nordeste e sudoeste do país. Ao todo, 19 pessoas estão envolvidas no comércio ilícito de entorpecentes. As investigações iniciaram em janeiro de 2008.

Por determinação da justiça, 19 mandados de prisão temporária (trinta dias, prorrogáveis por mais trinta) e 08 de busca domiciliar, além de 08 autorizações de arresto (apreensão de bens) foram cumpridos. Os alvos da polícia foram presos em Cuiabá, Cáceres e no Estado do Espírito Santo. Os mandados foram concedidos pela juíza Maria Cristina de Oliveira Simões, da 9ª Vara Especializada de Delito de Tóxico da Capital.

Durante a sigilosa investigação conduzida pela Gerência de Inteligência Policial (GIP) da Polícia Civil, seis integrantes da organização criminosa foram presos, sendo três no Espírito Santo (ES), duas no município de Cáceres e uma na rodoviária de Várzea Grande, quando foi interceptado uma remessa de 2,7 quilos de drogas, vinda de Cáceres. No Espírito Santo, as prisões ocorreram com a ajuda da Polícia Federal. Contra as seis pessoas já presas foi dado o cumprimento de mandados de prisão por associação ao tráfico de drogas. Ao todo, foram apreendidos nos decorrer das apurações 18,5 quilos de pasta base de cocaína.

De acordo com o delegado Clocy Hugueney, do Cisc Verdão, que coordenou a operação, o esquema criminoso consistia em trazer droga da Bolívia e abastecer o mercado de outros estados brasileiros gerando milhões de reais aos traficantes. “No decorrer das investigações fomos identificando os membros e o relacionamento deles dentro da quadrilha”, disse. “Eles usavam veículos para o transporte e o financiamento irregular, como moeda de troca”, completa. “A quadrilha tem atuação interestadual”, afirma.

A droga saía da Bolívia e era entregue em Cáceres, de lá enviada para Cuiabá de onde o entorpecente era distribuídos para outras regiões do país com conexão com os traficantes, principalmente no Espírito Santo e Bahia. Em média, a quadrilha movimentava cerca de 50 quilos de drogas por mês.

O chefe da organização criminosa era Edvane Evangelista, preso em 19 de junho deste ano, após informações repassadas pela Gerência de Inteligência Policial (GIP) de Mato Grosso. Com ele foram presos também Maurício Aparecido Lopes Ferreira e César Maia Lemes Chaves. Maurício foi usado como “mula” para transportar cerca de 15,5 de pasta base em seu caminhão e César dava apoio logístico ao líder do grupo fornecendo-lhe meio de transporte naquele estado. A droga e o caminhão foram apreendidos no Espírito Santo.

Em Cuiabá foram identificados nove envolvidos. Oito foram presos nesta terça-feira e um está foragido. São eles: Willian Aparecido da Costa Pereira, Marcelo Weiler da Fonseca, Valquíria de Fátima Castelhano Abel, Lucinéia Egues da Cruz, Fátima Martins Mendes, Ricardo da Silva Rodrigues, Maikon Gonçalo Taques e Amareth Rodrigues de Souza. No município de Cáceres foram detidos, Sônia Regina Marques, José Carlos Casturino, Valtemir Flavio Zanoni, Wilson Rosa Eduardo.

Junto com os presos estão um policial civil e outro militar, ambos envolvidos com o grupo criminoso. A investigadora Valquíria de Fátima Castelhano Abel vai responder também a procedimento que será instaurado pela Corregedoria da Polícia Civil ao término da investigação policial. Já uma cópia do inquérito policial contra o policial militar Maikon Gonçalo Taques deverá ser encaminhado ao Comando Geral da Polícia Militar.

A diretora metropolitana da Polícia Civil, Vera Rotildes, disse que a polícia lamenta o envolvimento da policial, mas “aquilo que está errado na instituição deve ser combatido”.

Na Capital, os presos foram conduzidos para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC) do bairro Verdão. Eles vão responder de acordo com suas condutas individualizadas pelos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico. A Lei 11.343/06 prevê penas de 05 a 15 anos e de 03 a 10 anos de reclusão, além de multa.

A continuidade das investigações será realizada pelo Cisc Verdão, onde os presos estão sendo interrogados e encaminhados a uma unidade prisional da Capital. A operação mobilizou mais de 60 policiais civis, sendo que 54 policiais, entre delegados, investigadores e escrivães, estão em Cuiabá.

Arresto – A justiça autorizou a polícia efetuar o seqüestro de oito automóveis adquirido pelos envolvidos com o dinheiro “sujo” do tráfico de drogas. No entanto, um a polícia descobriu que já teria atravessado a fronteira do Brasil com a Bolívia. A medida cautelar visa assegurar a viabilidade de uma futura execução.

A relação dos bens e objetos apreendidos ainda não foi contabilizada.





Fonte: 24 Horas News

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