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Quinta - 24 de Julho de 2008 às 06:50

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Um recém-nascido de apenas dois dias foi abandonado em um terreno baldio, na avenida Brasília esquina com Manoel Graciliano, no bairro Bandeirantes, em Cuiabá. O bebê foi encontrado na noite de terça-feira e levado ontem pela manhã para o Lar da Criança. A criança do sexo masculino foi encontrada por Wilston Jorge da Silva, que a levou para o Pronto Socorro (HPSMC), aonde chegou às 21h30. No início da tarde de ontem, arrependida, a mãe apareceu para reaver a criança.

Ao lado do garoto, foi encontrada uma bolsa contendo algumas roupas e um pedaço de papel que informava a data e hora de nascimento. O menino, de pele branca, nasceu às 8h30 do dia 21 de julho com 48 centímetros e 3.320 quilos.

Segundo a equipe médica que assistiu a criança, ela apresentava boas condições de higiene. O bebê foi encontrado vestido com macacão e meia. Na bolsa, também havia algumas fraudas descartáveis, blusinhas, toca e até um babador.

No Pronto Socorro, o bebê passou por avaliação médica e exames como de glicemia e hemograma. “O estado de saúde é bom”, disse o enfermeiro Willy Wilker. “Ele nasceu com peso, altura, perímetro encefálico ideais. Também dormiu bem e tendo horário normal para mamar”, acrescentou.

No hospital, foi detectado apenas que a criança estava com icterícia neonatal (tom amarelado do branco do olho e da pele), mas dentro do nível aceitável, sendo necessário apenas acompanhamento.

O bebê deixou a unidade hospitalar por volta das 11 horas da manhã e foi encaminhado para o Lar da Criança pela conselheira tutelar, Elenil Verônica dos Santos. “Fomos informados ainda ontem (anteontem) à noite sobre o abandono. As primeiras informações que nos passaram é de que o bebê está bem”, disse.

Segundo Elenil, todos os procedimentos legais serão tomados. “Não é porque ela está aqui que vai direto para adoção”, observou, antes do aparecimento da mãe. Elenil dos Santos comentou ainda que casos de abandono não são freqüentes na capital.

Porém, o Conselho Tutelar tem acompanhado vários casos de mães que apresentam depressão pós-parto. “Nestes casos, o conselho intervém com encaminhamento para tratamento psicológico ou pediátrico e consegue evitar o abandono”, disse.

Mãe

Depois de assistir a uma reportagem sobre o assunto, a mãe resolveu aparecer. A menor de 16 anos foi até o Pronto-Socorro por volta do meio-dia na tentativa de reencontrar a criança.

De lá, funcionários do hospital a encaminharam até o Lar da Criança, onde estava o bebê. Conforme a conselheira Elenil, a informação de que a mãe procurava pelo filho foi encaminhada à Promotoria da Infância e Juventude, que decidiu manter a criança na instituição social.

De acordo com a conselheira, somente após a conclusão da investigação sócio-familiar, que será realizada pela Promotoria juntamente com Conselho Tutelar, é que a criança poderá ficar sob a guarda da menor ou da avó materna. Durante esse período de investigação a tutela ficará com o Estado.





Fonte: Diário de Cuiabá

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