Mulheres removem mais tatuagens do que os homens, diz pesquisa
As mulheres tiram as tatuagens com mais freqüência do que os homens, motivadas provavelmente pelos comentários negativos que recebem de outras pessoas. É o que diz um artigo publicado pela revista "Archives of Dermatology".
Nos Estados Unidos, uma de cada quatro pessoas com idades entre 18 e 30 anos tem pelo menos uma tatuagem, indica o texto da revista, que é uma das publicações da Associação Médica Americana.
"Apesar de 83% das pessoas que têm tatuagens estarem satisfeitas com suas marcas na pele, a popularidade das tatuagens freqüentemente significa que os dermatologistas escutam mais lamentos e pedidos de eliminação" delas, diz o artigo.
Calcula-se que um de cada cinco indivíduos com tatuagens esteja descontente com seus desenhos na pele, embora apenas 6% procurem o tratamento para tirá-los.
Myrna L. Armstrong, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Tecnológica do Texas, interrogou 196 pessoas que solicitaram a remoção de tatuagens.
Os 66 homens e 130 mulheres, com uma idade média de 30 anos, responderam a 127 perguntas de caráter demográfico sobre o motivo pelo qual tinham feito uma tatuagem e a razão que os levou a pedir a remoção. Os resultados foram comparados com os de uma enquete similar de 1996.
"Nos dois estudos, o que ocorreu foi uma mudança na identidade, e a eliminação da tatuagem esteve ligada ao desejo de se desvincular do passado", assinalou o artigo.
A enquete de 2006 concluiu ainda que a decisão de tirar a tatuagem era mais comum entre as mulheres do que entre os homens. Cerca de 69% dos participantes da enquete foram mulheres.
"Apesar de os homens indicarem, da mesma forma que as mulheres, que com a passagem de cincos anos havia mudanças em seus sentimentos acerca das tatuagens, aparentemente houve mais efeitos sociais sobre as mulheres", explica a publicação.
"O apoio social para as mulheres com tatuagens talvez não seja tão firme como é para os homens", concluíram os pesquisadores.
"Em lugar de se fazer ou manter tatuagens visíveis, é provável que as mulheres prefiram uma parte do corpo que possam cobrir e assim controlar a exposição", completou a revista.
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