Flagrante: Caminhoneiros ingerem bebida alcoólica e dirigem em BRs
A BR-364 é uma das mais movimentadas do Estado. Em um posto de gasolina com churrascaria, um casal foi flagrado almoçando e em menos de uma hora ingeriram duas garrafas de cerveja. O homem repete as doses várias vezes. Logo em seguida o casal deixa a churrascaria. O homem sai dirigindo tranqüilamente, entra na rodovia federal e segue viagem mesmo depois de ter consumido bebida alcoólica.
Apreensão
Na BR-364 próximo ao município de Diamantino, a Polícia Rodoviária Federal desconfiou dos sintomas e decidiu conversar com o caminhoneiro José Valdeci Mariano, suspeito de ingerir bebida alcoólica. José afirmou que não havia ingerido nenhum tipo de bebida. "O problema nosso, dos caminhoneiros, não é beber, e sim de muitos não respeitarem a lei de trânsito", afirmou. José Mariano foi encaminhado a uma delegacia. O exame clínico confirmou a embriguez e ele acabou sendo preso.
Muitos caminhoneiros aproveitam as paradas do almoço e do jantar para ingerir bebidas alcoólicas. "Em alguns lugares, muitos motoristas saem depois de beberem uma pinguinha", revelou um outro caminhoneiro, Sandro Lima.
Lei Seca
Nas primeiras semanas de vigência da chamada Lei Seca, os bafômetros não chegaram a ser utilizados pela fiscalização. Os equipamentos tiveram que ser recolhidos e encaminhados para o Instituto de Metrologia do Estado de Mato Grosso para passar por novos testes.
A polícia disse que foi uma medida para evitar a contestação dos resultados dos exames. "Os novos parâmetros nas medidas de álcool presentes no organismo do indíviduo precisam passar por uma nova aferição. Existe o popular, sinais visíveis de embriaguez como os olhos vermelhos, andar cambaleante, face ruborizada e o próprio hálito etílico em que o policial, com bom senso, vai perceber se o condutor está dirigindo embriagado", explicou o assessor de comunicação da PRF, Flávio Vasconcelos.
Estimativas
Nas estradas federais de Mato Grosso, o número de acidentes entre 19 de junho e 15 de julho passou de 182 para 245, mas as mortes diminuíram de 18 para 8. Em Cuiabá os atendimentos prestados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não sofreram redução, como aconteceu em parte das capitais brasileiras. Alguns envolvidos estavam embriagados.
"Grande parte das nossas ocorrências, principalmente no período noturno, são por motivos de embriaguez", disse o gerente médico do Samu, Haig Garabed Terzian.
Os bafômetros que estão sendo analisados pelo Instituto de Metrologia e Qualidade (Imeq) devem ser liberados na próxima quarta feira. A Polícia Rodoviária Federal acha que na próxima semana eles já serão utilizados em fiscalizações.
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