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Sexta - 18 de Julho de 2008 às 10:05

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Mais uma vez o problema de falta de condições de trafegabilidade nos trechos da MT – 020 nos arredores de Paranatinga e principalmente da MT-326, entre Cocalinho e Nova Nazaré, regiões situadas a oeste do Estado, voltam a ser o centro das discussões entre o setor agropecuário e o governamental. Porque é justamente neste período importante do ano que acontece o escoamento da produção do milho safrinha e do transporte de calcário que a histórica falta de conservação volta a se repetir em algumas das principais estradas estaduais.

O sócio-diretor da Transportadora Rezende, Pedro Alberto Rezende, explica que com as péssimas condições da rodovia estadual o frete que deveria custar R$ 40,00 a tonelada/calcário está no patamar dos R$ 48,00, representando acréscimo médio de 20%, percentual de custo logístico igual ao milho safrinha, com oneração entre R$ 0,50 e R$ 0,70 por saca de milho.

“Muitas dessas estradas foram feitas de maneira provisória e vem sendo administradas apenas com medidas paliativas permitindo que o problema se repita todo ano”, comenta o presidente da Comissão dos Produtores de Canarana e presidente do Sindicato Rural da cidade, Marcos da Rosa.

Ele informa que o maior ponto crítico da MT-326 está na região de Nova Nazaré- Cocalinho, onde mais ou menos 60 Km dessa rodovia apresenta péssimas condições de acesso, em função do alto grau de atolamentos e quebras das carretas cuja média diária de tráfego na região considerada o Portal do Calcário gira em torno de 200 caminhões (tipo bi-trens) carregados de milho safrinha e, principalmente, de calcário agrícola.

“Em função das urgentes providências que precisam ser tomadas, fizemos na terça-feira (15), um bloqueio nesse trecho da MT-326 com a participação de quase 200 caminhoneiros que inclusive elaboraram um abaixo-assinado que foi entregue na tarde dessa ontem (17), ao Secretário de Estado da Infra-Estrutura, Vilceu Marchetti”, informa Rosa.

Os caminhoneiros manifestam que devido a essa falta de condições de trafegabilidade, estão acontecendo muitas quebras de veículos, elevação do consumo de combustíveis por causa de desvios e lentidão e aumentando os custos do frete. “Este já é o terceiro ano que temos que trancar a MT-326 para reivindicar providências e o primeiro que fizemos o abaixo-assinado”, diz Pedro Rezende.

O superintendente do Consórcio de Estradas do Médio Araguaia, Luiz Piquet, esclarece que como medida emergencial e ponto de partida para abrandar a situação, o secretário Vilceu Marchetti, assumiu o compromisso de destinar R$ 50 mil mensais até o final do ano para ser aplicados em ações de recuperação e reparação da rodovia. Esse dinheiro será investido na contratação de mais caminhões caçambas e tratores patrolas para atender especificamente a região.

Piquet enumerou outros fatores que contribuem para piorar ou acelerar o desgaste desses trechos que chegam ao limite do intransitável, como solo ruim de baixada, muito arenoso, baixa qualidade do cascalho, excesso de peso dos caminhões e tráfego intenso, chegando a ser comparável nessa época ao tráfego da MT-158.

CONSÓRCIO DE ESTRADAS - O superintendente informa ainda, que em função do ponto crítico nessa região de Nova Nazaré, o consórcio de estradas que deveria estar atendendo as outras cinco cidades: Canarana, Querência, Gaúcha do Norte, Ribeirão Cascalheira e Campinápolis vem sofrendo atrasos no cronograma de planejamento.

Essa é mais uma razão para que se contrate com urgência nova equipe de manutenção específica para o trecho da MT-326 de maneira que possa desafogar esse fluxo de trabalho e o atendimento aos outros municípios de normalize.

De acordo com o Marcos de Rosa, na reunião dessa quinta-feira (17), o secretário Vilceu Marchetti, comentou sobre a possibilidade da MT-326 ser federalizada e, por isso, os investimentos para o asfaltamento ainda estão indefinidos.

“Mas de qualquer forma, o secretário garantiu que pelo menos está sendo providenciado que os pontos críticos sejam solucionados, em função dos grandes prejuízos que estão acarretando a toda a cadeia produtiva mato-grossense”.





Fonte: 24 Horas News

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