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Domingo - 09 de Junho de 2013 às 18:25
Por: LORENA BRUSCHI

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Embora o líder do governo na Assembleia Legislativa, Romoaldo Júnior (PMDB), garanta que, do total de R$ 72 milhões em emendas parlamentares de 2012, cerca de R$ 50 milhões já foram pagos, deputados continuam reclamando da falta de liberação dos recursos. 

A maioria das queixas parte da oposição, mas membros da base governista também contestam os dados repassados pelo peemedebista. 

Luciane Bezerra (PSB) afirma que dos R$ 3 milhões em emendas propostas por ela, apenas R$ 100 mil foram pagos até agora. Ela crê em perseguição por não pertencer à base aliada. 

“Sei que os deputados mais próximos ao governador já têm 100% das emendas executadas. Isso penaliza municípios por uma questão partidária. Destinei minhas emendas à saúde, se tivessem sido pagas, parte da deficiência do governo na área já teria sido amenizada”. 

Ademir Brunetto (PT) diz que nenhuma de suas emendas de 2012 foi paga. Ressalta ainda que, em 2010, o Executivo alegou dificuldade financeira e “cortou” os valores, retirando autonomia dos deputados. 

Isso porque as emendas parlamentares correspondem a uma parcela do orçamento anual do Estado aplicada a critério dos deputados. Por meio delas, os legisladores podem interferir na alocação de recursos, destinando-os para atender as regiões que representam. 

Parte da base governista, Antônio Azambuja (PP) diz que apenas R$ 1 milhão de suas indicações foi empenhado até agora. Ele aponta que, em muitos casos, a obra para qual o dinheiro é destinado é concluída sem que o repasse chegue, o que impede a inauguração. 

O problema se arrasta, segundo o progressista, desde agosto de 2012. “Fizemos uma reunião com o secretário Pedro Nadaf (da Casa Civil) há cerca de 90 dias e ele garantiu que começaria o pagamento de todos os projetos com documentação regular. Mas até hoje nada caminhou”. 

Azambuja acredita ainda que a renovação do quadro de prefeitos, com a eleição de 2012, aumentou a dificuldade de manter a documentação dos projetos em dia. Algo essencial para o recebimento dos valores. 

Romoaldo, por sua vez, sustenta que já foram pagos cerca de 70% do valor previsto. “Esperamos liquidar todas as emendas até o final deste semestre. Os projetos que estão faltando é porque as prefeituras estão sem a documentação”, alega. 

No entanto, diz que até emendas de sua autoria ainda não foram executadas. O peemedebista avalia, no entanto, que mesmo com a não liquidação das emendas do exercício passado, a situação é melhor do que a dos repasses federais, que têm deixado a desejar ainda mais. 





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