Ferrugem asiática da Bolívia pode chegar ao Brasil

Mato Grosso corre o risco de ter ferrugem asiática da soja antes do esperado em função da alta infestação da doença na Bolívia. Esta foi a conclusão dos técnicos da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT) que estiveram na Bolívia no final de junho, visitando diversas fazendas nas regiões Norte, Sul e Leste de Santa Cruz de La Sierra. De acordo com o gerente técnico da Aprosoja/MT, Luiz Nery Ribas, durante as visitas às propriedades rurais do país vizinho, deu para notar altas rajadas de ventos Norte para Sudeste, favorecendo a dispersão do fungo para o Brasil.

“Os produtores bolivianos tiveram grandes prejuízos na última safra em função da ferrugem da soja. Eles estão conscientes do problema, porém o governo local não tem força para proibir o plantio na entressafra verão/inverno”, afirma Ribas.

Diante desse quadro, o gerente técnico da Aprosoja, juntamente com o consultor Dr. José Tadashi Yorinoli, ministraram duas palestras, para 300 participantes, onde apresentaram a experiência de Mato Grosso com a ferrugem asiática, monitoramento das propriedades rurais e a implantação do Vazio Sanitário.

Segundo Nery Ribas, as sugestões apresentadas pela equipe técnica da Aprosoja/MT foram muito bem aceitas pelos produtores rurais da região. “Os produtores, agrônomos, técnicos, entidades públicas e privadas bolivianas se comprometerem em efetivar e fiscalizar as datas de plantio e eliminação de plantas guaxas na entressafra”, relata Ribas. O gerente técnico da Aprosoja/MT acrescentou que as visitas de acompanhamento e apoio aos produtores bolivianos devem continuar conforme suas necessidades.

A viagem dos técnicos da Aprosoja/MT para Bolívia foi realizada com intuito de atender um convite feito pela Fundação de Apoio à Pesquisa da Região de Santa Cruz de La Sierra, com o objetivo de levar aos produtores bolivianos a experiência mato-grossense no combate à ferrugem asiática. As informações são da assessoria de imprensa da Aprosoja/MT.