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Nacional
Quinta - 17 de Julho de 2008 às 09:58

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Técnicos de saúde do governo de Santa Catarina e da prefeitura de Balneário Camboriú participaram de uma reunião na tarde de ontem para avaliar a contaminação de uma menina de 3 anos com o vírus HIV. Os pais e vários familiares da garota não são soropositivos e uma bateria de exames realizada nos últimos meses refutou a possibilidade de ter ocorrido qualquer tipo de abuso sexual. A suspeita do contágio, diagnosticado há um ano, recaiu sobre o hospital municipal onde a garota nasceu.

Em julho do ano passado, a família realizou um exame na garota a pedido do médico de um posto de saúde da cidade. Ele suspeitou que ela fosse soropositiva em decorrência de apresentar doenças típicas dos portadores de vírus. Desde então, familiares passaram por vários exames clínicos para comprovar que não são portadores do HIV.

O secretário de Saúde de Balneário Camboriú, Celso Golin, destacou que os técnicos estaduais da Vigilância Epidemiológica e da prefeitura começaram a analisar prontuários médicos e os exames da menina para tentar descobrir o que pode ter acontecido. "O objetivo é tentar saber, mesmo passado tanto tempo, de onde surgiu o contágio", destacou.

Segundo Andréia Bittencourt, técnica da Vigilância Epidemiológica do município, a comissão criada para investigar a contaminação é formada por médicos infectologistas, enfermeiros e técnicos em saúde. "A gerência de saúde do governo estadual e a prefeitura estarão analisando todos os documentos e relatórios para que possamos descobrir a origem do contágio", afirmou. "As ações e procedimentos adotados no hospital serão avaliados pela comissão."

A família da garota, que pede para não ser identificada, deve se reunir na próxima semana, em Florianópolis, com a advogada Cláudia Boeira da Silva, do Grupo de Apoio à Prevenção de Aids (Gapa).

"Pretendemos entrar com um pedido de indenização, pois a família acredita que o contágio ocorreu dentro da maternidade", ressaltou Cláudia, acrescentando que o caso gerou vários desconfortos na família.

O pai e a mãe da garota realizaram até mesmo exames de DNA para descobrir se a filha não havia sido trocada na maternidade. "Dá para imaginar o desconforto e a desconfiança que essa situação gerou", disse a advogada.





Fonte: Redação Terra

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