MPF denuncia envolvidos na exploração de jogos de azar
O Ministério Público Federal denunciou oito pessoas por suposto envolvimento na exploração de jogos de azar, entre eles o ex-cônsul honorário da Espanha Antônio Escorza Antoñanzas.
Os suspeitos foram presos na Operação Cartada Final, deflagrada em 4 de junho. Segundo o MPF, o cônsul exercia o cargo equivalente a um diretor-presidente da organização criminosa, que se dedicava a montar máquinas de jogos de azar para serem distribuídas em diversos Estados do País, dentre eles Mato Grosso, e no exterior.
A remuneração era garantida por meio do controle exercido por gerentes regionais e do monopólio da assistência técnica às máquinas, mantendo pessoal especializado para prestar assessoria aos clientes da organização e para resolver eventuais problemas técnicos que surgissem.
A quadrilha, segundo o MP, utilizava mais de 34 empresas, algumas de fachada. Escorza possuiria, também, empresas no exterior, além de offshores em paraísos fiscais.
Segundo o Ministério Público, os denunciados burlavam a fiscalização federal ao subfaturar o preço das máquinas e diminuir o valor dos impostos. O complemento para o valor real das máquinas, segundo o MP, era depositado em contas da organização no exterior, geralmente em offshores.
A organização cobrava, na maior parte das vezes, 50% do lucro que elas proporcionavam. Exames financeiros demonstraram que em cerca de 11 meses uma das empresas da organização recebeu depósitos em cheque e em espécie, sem identificação dos depositantes, efetuados nos Estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, no valor de R$ 5,5 milhões.
Com informações do Estadão
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