Dólar quebra sequência de baixas e fecha com ganhos
Após terminar a véspera com a menor cotação desde janeiro de 1999, o dólar fechou em alta nesta quarta-feira após cair 1,6% nas últimas cinco sessões, voltando a buscar o patamar de R$ 1,60. A moeda americana subiu 0,57%, a R$ 1,597.
"(O dólar) achou um ponto de equilíbrio em R$ 1,60, mas teve entrada muito grande da Vale nesses últimos dias", afirmou o gerente de câmbio de um banco estrangeiro, que preferiu não ser identificado.
Ele lembrou que o dólar "andou na contramão" nos últimos dias, quando os mercados acionários internacionais tiveram forte baixa.
A Vale faz uma oferta global de ações, com o período de reservas encerrado na terça-feira. O preço dos papéis na operação deve ser anunciado ainda nesta quarta-feira.
A recuperação do dólar frente ao real também foi sustentada pelo movimento da divisa em relação a uma cesta das principais moedas globais.
Nesta tarde, as bolsas de valores americanas operavam em forte alta, repercutindo o otimismo com o recuo dos preços do petróleo e com os resultados acima do esperado do banco Wells Fargo.
Milton Mota, operador da SLW Corretora, afirmou que o dólar teve mais um movimento de ajuste e ponderou que a tendência de queda da divisa continua.
"O mercado está achando que deve entrar dinheiro da Vale e que parte desse dinheiro deve vir de fora. Por isso (o dólar) está se mantendo abaixo de R$ 1,60", afirmou Mota. "Eu não vejo esse dólar para cima."
Apesar da forte entrada de recursos nos últimos dias, o Banco Central divulgou que o fluxo cambial está negativo em US$ 828 milhões nas duas primeiras semanas de julho. As operações financeiras no período acumularam saldo negativo de US$ 3,441 bilhões.
Ainda assim, o País registra entrada líquida de US$ 14,106 bilhões este ano.
No meio da sessão, o BC realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista e definiu taxa de corte a R$ 1,5969.
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