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Economia
Quarta - 16 de Julho de 2008 às 14:13

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O desempenho econômico estadual, e do país como um todo, tem feito com que a maior parte da classe empresarial mato-grossense aposte em estabilidade e crescimento. O presidente do Sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso – Fecomércio/MT, Pedro Nadaf, em coletiva para a imprensa na manhã de hoje, 16/07, divulgou e avaliou as expectativas dos empresários do setor, conforme dados levantados pelo Departamento de Pesquisas Econômicas da entidade, em relação ao segundo semestre de 2008. Dentre outros números relevantes, ele destacou que 86% apostam no crescimento estadual, o maior percentual registrado desde 2003, ficou 21% acima do mesmo período do ano passado. Nadaf fez na oportunidade uma comparativa com as expectativas anteriores e apresentou também os números de títulos protestados, recuperação judicial e falências.

Nadaf acredita que o bom desempenho no mercado mato-grossense se deve as commodities do estado no campo do agronegócios, que exerce um peso significante na economia regional. O presidente disse que a projeção de crescimento para Mato Grosso neste ano é de 10% do PIB.

Foram ouvidos no período de 10 a 22 de junho de 2008, 400 empresas, 250 do comércio e 150 de serviços, na capital e 12 cidades mato-grossenses: Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Campo Verde, Lucas do Rio Verde, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sapezal, Sinop, Sorriso, Várzea Grande e Tangará da Serra.

Em nível nacional, no que se refere ao crescimento econômico, 81% dos pesquisados, responderam positivamente, o percentual é também o maior desde 2003. Para se ter uma idéia, em relação ao ano passado, no mesmo período aumentou o grau de otimismo em 18%. Num comparativo, vale destacar que em 2005, no segundo semestre estava quase a metade 44%. O otimismo em Mato Grosso, que é hoje é 86%, estava no segundo semestre de 2007, na ordem de 65%, e em 2005, também mais baixo 53%. A média, entretanto, é sempre maior que a brasileira em nível de boas expectativas.

Estabilidade, inflação

No primeiro item da pesquisa, referente manutenção da estabilidade econômica no semestre, o percentual é de 85% positivo, neste caso o mesmo que do primeiro semestre e apenas um ponto percentual acima do mesmo período de 2007.

O segundo item da pesquisa mostra resultado de queda nas expectativas positivas em relação a inflação em índices mais baixos nos próximos meses. Dos entrevistados, 43% acreditam que ficará no patamar entre 0 a 3%, no mesmo período do ano passado 58% apostavam neste percentual, e no primeiro semestre de 2008, 57%, uma queda, portanto, muito acentuada. Os demais percentuais respectivamente foram: 37%, de 3,1 a 6%, 12%, de 6.1 a 10%. E o mais preocupante, 8% respondeu que ultrapassará 10,1%, sendo que desde o segundo semestre de 2005 este percentual não passava de 1%.

Posição de mercado e empregos

No que se refere à posição sobre o mercado, 79% dos entrevistados revelam-se otimistas, , aumentou 8% em relação ao mesmo período do ano passado, mas teve uma queda de 2% no que se refere ao primeiro semestre, que obteve o melhor número desde 2003.

No que tange ao quesito emprego, 47% acreditam na estabilidade, 17% que diminua e 36 % que aumente. O percentual de aumento de emprego é o maior desde 2003. No mesmo período de 2007, 15% acreditava que aumentaria as vagas, e 68% apostavam na estabilidade. Ou seja, os empresários estarão contratando mais e demitindo menos, o que é um bom sinal para o mercado regional.

Vendas

Outro número apresentado, que demonstra estabilidade foi em relação às vendas, a maior parte respondeu que será efetuada neste semestre à vista, pois 27% revelaram esta tendência, a tendência se aproxima a da registrada no semestre passado, 28% e diminuiu 3% no mesmo período de 2007. Através do crediário e duplicatas, o percentual é 25%, superior em 1% tomando-se por base a última pesquisa feita em janeiro deste ano; 223% cheque pré-datado, 2% inferior, ao mesmo período e 25% no cartão de crédito, o mesmo resultado do segundo semestre de 2007.

No tocante a prática de juros, o índice de 0 a 2% obteve a resposta da maioria dos entrevistados, 53%. Na seqüência, a pratica de 2,1 a 4%, foi de 25%, 16% acreditam que de 4.1% a 6% e de 6.1 a 8%, teve a resposta de 6%, nenhum acredita em prática superior a 8,1%.

Sobre os governos

Os governos estadual e federal foram avaliados na pesquisa de expectativas, e estão melhorando o desempenho na avaliação, sendo que o de Mato Grosso recebeu 13% de ótimo, no mesmo período em 2008 era de 9%; 42% no quesito bom; 37% regular e 8% ruim. Ao passo que o do Brasil teve o seguinte resultado: 4% ótimo, aumentou 3%, tomando-se por base o segundo semestre de 2007, e na seqüência 24% bom, 53% regular e 19% ruim.

Nadaf apontou que o governo estadual está subindo no conceito empresarial devido a política adotada no sentido de promover melhorias de infra-estrutura, que tem beneficiado muito o interior. Segundo ele, as dificuldades enfrentadas hoje pelo segmento empresarial refere-se mais a falta de capital de giro, do que por questão tributária, sendo que esta reflete negativamente em alguns segmentos e atividades específicas, mas não no todo, falando-se globalmente do mercado interno. No que se refere ao governo federal, o mesmo também teve pontos mais favoráveis, o que Nadaf credita a estabilidade econômica.

Títulos protestados

O mês de junho teve um fechamento positivo no que se refere ao número de títulos protestados que caiu 13,40%, em relação ao mesmo período de 2007, e 9,64% no percentual comparativo acumulado do mesmo mês do ano de 2007, em relação a 2008. Para se ter uma idéia, de janeiro a junho de 2007 tiveram 24.621 ocorrências de protesto, e de janeiro a junho de 2008, 18.934. No que se refere a recuperação judicial a mesma se mantém equilibrada, com uma ocorrência e no tocante a falências, não ocorreram nenhuma no mês de junho, tendo o acumulado do ano cinco ocorrências.





Fonte: 24 Horas News

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