Jovem capota carro, agride policial e leva 2 tiros

Depois de capotar com seu carro em frente à 9ª Delegacia de Polícia, no Catete, no Rio de Janeiro, nesta madrugada, o estudante de Marketing, Gabriel Moura da Silva, 21 anos, teria atingido o inspetor que o socorreu com um soco, desarmado um outro policial e tentado fugir correndo. O jovem suspeito de embriaguez só teria sido contido após ser acertado com dois tiros nas pernas e amarrado por três policiais.

A confusão começou por volta das 2h45, quando o carro dirigido pelo estudante, passou em alta velocidade na frente da delegacia, vindo pela rua do Catete e capotou ao tentar fazer curva para entrar na rua Antônio Mendes Campos. Assustados com o estrondo, os policiais de plantão foram para a rua e o inspetor Torres Firmo tentou retirá-lo do carro, mas o estudante teria reagido.

"Ele estava exalando cheiro de bebida e acertou um murro no olho do colega", disse o inspetor Mendonça, que encontrou três garrafas de cerveja vazias e três copos plásticos que estariam dentro carro.

Vizinho da delegacia, o aposentado Francisco Benício, 72 anos, também testemunhou o acidente e a tentativa dos policiais para dominá-lo. "Ele estava muito embriagado, entrou aqui na rua a mais ou menos 100 km/h", lembrou o morador.

Após a suposta agressão, o jovem teria corrido para a rua Pedro Américo pouco antes do inspetor Da Rin atirar para o alto. De acordo com a polícia, o rapaz voltou e tentou tirar a pistola de sua mão.

Após o confronto corporal, o policial disparou duas vezes, atingindo a perna do estudante. "Ele poderia ter tomado a minha arma e atirado em mim. Eu só me defendi", alegou o inspetor.

Três investigadores imobilizaram o suspeito, que ainda foi algemado e amarrado com corda trazida por bombeiros que o socorreram para o Hospital Souza Aguiar, no Centro.

Deitado em uma maca na sala de radiografia do hospital, o estudante, que mora em Vila Valqueire e trabalha vendendo equipamentos de ginástica, teria começado a recuperar a lucidez. Em conversa com os inspetores, ele teria dito que havia bebido a noite inteira em uma casa de shows na Lapa e que estava preocupado com a repercussão que a confusão teria em sua família.