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Internacional
Quarta - 16 de Julho de 2008 às 08:04

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O provável candidato democrata à Casa Branca Barack Obama mantém a liderança na disputa presidencial deste ano com uma margem de oito pontos percentuais, com 50% das intenções de voto contra 42% de seu rival republicano, John McCain.

A nova pesquisa conjunta "Washington Post"/ABC News aponta ainda que a liderança democrata baseia-se principalmente no voto das mulheres e dos independentes.

O democrata lidera com 15 pontos percentuais entre as eleitoras, com 54% das intenções de voto contra 39% de McCain.

Contudo, Obama tem sua maior margem sobre McCain como o candidato mais bem preparado para reparar a economia em desaceleração, um tema que está no topo da preocupação dos eleitores americanos e deve ser o fator de maior influência nas urnas. O democrata é apontado por 54% dos eleitores como aquele no qual confiam mais para lidar com a economia nacional, contra 35% que apontam o senador republicano.

Obama também tem margens de dois dígitos quando os eleitores são questionados sobre quem seria melhor para lidar com o déficit do orçamento federal e a imigração. Em temas sociais, como aborto e união civil de pessoas do mesmo sexo, 56% dos eleitores dizem preferir Obama e 32% escolheram McCain.

Após um dia dedicado aos esforços militares dos EUA no Iraque e Afeganistão, o tema, que aparece em terceiro na lista de preocupações dos eleitores, divide os eleitores.

Quando questionados que, lidaria melhor a situação do Oriente Médio --incluindo ainda o programa nuclear do Irã e o conflito entre israelenses e palestinos--, McCain tem 47% da opinião pública contra 45% de Obama.

Mas quando o assunto é política externa em geral, a experiência de McCain --um veterano da guerra do Vietnã e senador em seu quarto mandato-- parece favorecê-lo. Segundo a sondagem, 72% dos eleitores dizem que ele tem conhecimento suficiente para lidar com as questões globais e 56% disseram o mesmo de Obama --senador em seu primeiro mandato.

O senador republicano também tem uma pequena margem como o candidato mais bem preparado para lidar com crises inesperadas e é mais confiável, por uma margem de seis pontos percentuais, quando o assunto é o combate ao terrorismo.

A equipe de Obama reconhece a fraqueza do senador em questões militares e de política externa e aposta em uma viagem à Europa e Oriente Médio --incluindo o Iraque e o Afeganistão-- para aumentar as credenciais do democrata.

Um dos objetivos da viagem é mostrar que a Presidência de Obama pode restaurar a imagem enfraquecida dos EUA no cenário internacional, com sua política de diálogo aberto. Segundo a sondagem do "Post", 82% dos eleitores dizem que a imagem americana foi muito prejudicada pela atual administração e por uma margem de dois para um, os eleitores dizem que Obama poderá fazer mais que McCain para consertar os danos.

Eleitorado

Entre os homens, Obama empata com McCain --um cenário positivo se considerado o empate também entre homens brancos, um grupo no qual McCain tinha grande vantagem em abril.

De maneira geral, o Partido Democrata ainda não conseguiu unir seus eleitores em torno de Obama. O senador por Illinois ainda não conta com a totalidade dos votos de sua ex-rival, Hillary Clinton. Segundo a sondagem, 23% daqueles que votaram em Hillary nas primárias democratas disseram que votariam no republicano McCain para as eleições gerais --o mesmo número apontado em março, quando Obama ainda não havia conquistado a nomeação.

Entre os independentes, um grupo considerado crucial em uma disputa tão acirrada, Obama lidera com uma margem similar a seu resultado geral, 49% das intenções de voto contra 40% de McCain. No mês passado, uma pesquisa do mesmo instituto apontava que os dois presidenciáveis estavam empatados entre este eleitorado.

Como nas primárias democratas, Obama lidera entre os eleitores jovens. Ele tem o dobro das intenções de votos entre os eleitores com idade entre 18 e 34 anos. Entre os eleitores mais velhos, McCain ganha por uma margem muito menor, com 45% das intenções de voto contra 40% de Obama.

Também como nas primárias, Obama mantém sua liderança ampla entre os eleitores negros, 94% dizem preferir o democrata que pode se tornar o primeiro presidente negro do país.

Já entre os eleitores brancos, McCain tem uma vantagem de oito pontos percentuais, 50% das intenções de voto contra 42% de Obama.

Quando o eleitorado é dividido por renda anual, McCain lidera entre aqueles que ganham mais de US$ 50 mil, com uma margem de 10 pontos percentuais. Já entre aqueles abaixo desta faixa, os dois senadores empatam.

A pesquisa foi conduzida entre 10 e 13 de julho com 1.119 pessoas. a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.





Fonte: Folha Online

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