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Casa Branca celebra reunião "sem igual" com a China
O presidente dos EUA, Barack Obama, e da China, Xi Jinping, terminaram seu encontro deste sábado (8) na Califórnia falando a sós, com a presença apenas de intérpretes.
O assessor de segurança nacional de Obama, Tom Donilon, repetidamente usou uma única expressão para descrever a reunião: "sem igual".
Sua importância, disse ele, é que ela ocorre bem no início do mandato de Xi; é que foi muito informal e resultou em oito horas de conversas sobre praticamente todos os temas de interesse bilateral em grande profundidade.
Os dois líderes discutiram suas visões para seus países e seus objetivos estratégicos.
Durante o jantar, houve também uma longa discussão sobre segurança, com destaque para a Coreia do Norte.
Este último é o assunto mais incômodo para ambos. Obama disse a Xi que ciberataques de "entidades chinesas" equivalem a roubos de segredos corporativos e militares. Se tais ataques continuarem, inibirão os laços econômicos bilaterais. Fontes dos EUA dizem que Xi prometeu investigar o tema.
Potência emergente x estabelecida
Quanto à Coreia do Norte, a Casa Branca diz que as conversas terminaram com um acordo visando a "desnuclearização" da península coreana.
Tom Donilon diz que o ponto mais importante é que ambas as potências têm uma "análise compartilhada da ameaça" e reconhecem que uma Coreia do Norte em posse de armas nucleares prejudicaria a segurança na região, com efeitos profundos.
Obama também advertiu que a escalada na disputa de ilhas no Pacífico deveria ser baixada e resolvida pelas vias diplomáticas, e não por ações.
Talvez nada disso soe como muita coisa, e talvez não resulte em muito.
Mas é interessante que Tom Donilon - profundamente envolvido nas questões asiáticas - tenha parecido tão otimista e entusiasmado com a reunião.
Ele mostrou que o verdadeiro propósito é afastar a ideia de que existe uma dinâmica inexorável entre uma potência emergente e uma estabelecida, que supostamente levaria a conflitos entre as duas num futuro próximo.
Claro que soa dramático sugerir que o propósito do encontro deste final de semana era evitar uma guerra, mas certamente ele tinha o objetivo de ambos os lados conhecerem seus pontos críticos e conversarem a respeito, antes que desavenças cresçam para algo mais sério.
Fonte:
Folha de S. Paulo
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