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Saúde
Domingo - 09 de Junho de 2013 às 12:14

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O Ministério da Saúde submeterá a uma prova especial os médicos que o país pretende atrair de países como Espanha, Cuba e Portugal para atender áreas isoladas que carecem de serviços médicos pelo déficit de profissionais, afirmou neste sábado o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. "Estamos preparando um modelo de avaliação desses médicos porque queremos profissionais bem formados, com capacidade de atuar, que conheçam os problemas de saúde de nosso país", disse o ministro à imprensa durante o ato de lançamento de uma campanha de vacinação contra a poliomielite.



Padilha se referiu à prova ao ser interrogado sobre as críticas de alguns setores brasileiros sobre a qualidade dos médicos que serão contratados no exterior, já que inicialmente não terão que validar seus diplomas no país. O Brasil está negociando com Espanha, Portugal e Cuba a possibilidade de contratar médicos desses países para os quais oferecerá cursos de português e vistos de trabalho de entre dois e três anos para atender áreas carentes, principalmente zonas rurais, onde o atendimento de saúde é deficitário. O ministro afirmou que o Brasil já enviou missões aos países que podem enviar profissionais, assim como para países que já contrataram médicos estrangeiros para atender áreas com déficit de profissionais, como Canadá, Inglaterra e Austrália.



Padilha lembrou, ainda, que o Brasil precisa dos estrangeiros para suprir um déficit de cerca de 13 mil profissionais em áreas periféricas e em cidades do interior, já que a minoria dos médicos brasileiros aceita essas condições. No último concurso para enviar 13 mil médicos a 1.307 municípios carentes com déficit de profissionais, o Ministério da Saúde só conseguiu contratar 3.800 profissionais apesar de os salários oferecidos serem de R$ 8 mil, além dos benefícios. Segundo estatísticas do Ministério, enquanto o Brasil tem um médico para cada mil habitantes, a Argentina tem 3,2 e o México, 2,0.



O Conselho Federal de Medicina (CFM), entidade que regula o exercício da profissão no país, se opõe à iniciativa de atrair estrangeiros, entre outras razões pela suposta falta de capacitação. O CFM diz se contrapor a "qualquer iniciativa que proporcione a entrada irresponsável de médicos estrangeiros e de brasileiros com diplomas de medicina obtidos no exterior sem sua respectiva revalidação". 




Fonte: EFE

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