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Economia
Sábado - 12 de Julho de 2008 às 16:41

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A inflação dos idosos, medida pelo IPC-3I (Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade), chegou a 2,65% no segundo trimestre, o maior patamar desde março de 2003, quando o índice foi de 5,28%. Segundo a FGV, a alimentação representou 66% da inflação do trimestre abril-junho.

Os idosos sofreram mais os efeitos da alta da inflação porque os alimentos têm um peso maior na sua cesta de compras.

"O que tem movimentado os índices de preços ao consumidor são as altas dos alimentos. Na terceira idade, há um comprometimento maior da renda com produtos alimentícios, tarifas públicas e gastos com saúde. O grupo dos idosos teve impacto maior no custo de vida", afirma André Braz, coordenador de Índices de Preços ao Consumidor da FGV.

No período de abril a junho deste ano, a média da população registrou taxa de inflação de 2,38%. A proporção dos gastos com saúde e cuidados pessoais, alimentação, despesas diversas e habitação, para as famílias com pelo menos 50% de indivíduos com 60 anos ou mais de idade, é maior do que a da média da população.

A taxa em 12 meses já está em 6,36% --para a média da população, 5,96%. No ano, a inflação dos idosos está em 4,05%.

O grupo alimentação registrou alta de 5,71% no segundo trimestre, com destaque para hortaliças e legumes (16,06%), carne bovina (13,20%), panificados e biscoitos (12,89%) e laticínios (4,29%).

Segundo Braz, a expectativa é de menor pressão dos preços dos alimentos neste semestre devido ao período de safra no hemisfério Norte, o que influencia beneficamente as cotações de commodities como milho, soja e trigo. A redução dos preços nesses itens tende a baixar o valor de outros produtos, como óleo de soja ou rações de animais.

Os medicamentos representam outro item de peso na cesta dos idosos. O reajuste autorizado pela Anvisa para este ano varia de 2,52% a 4,61%. O percentual é definido de acordo com o nível de competição nos mercados com maior ou menor participação de genéricos nas vendas. No IPC-3I, a alta no preço de medicamentos no segundo trimestre foi de 3,33%.

No segundo semestre, costuma haver maior concentração de reajustes de tarifas residenciais, como água e esgoto e telefonia fixa.





Fonte: Folha de S.Paulo

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