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Saúde
Quarta - 09 de Julho de 2008 às 16:38

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A obesidade infantil é cada vez mais preocupante no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de crianças e adolescentes acima do peso cresceu quase três vezes nos últimos anos. Em muitos casos, a obesidade infantil é conseqüência do comportamento dos pais frente ao prato de comida.

Doenças como obesidade e colesterol alto têm de ser combatidas bem cedo. Difícil é controlar o apetite das crianças.

Alguns países já tratam a obesidade como epidemia. Há seis milhões de jovens com excesso de peso, segundo pesquisa do IBGE. Pesquisas mostram que a doença não poupa nem os pequenos. Segundo o Ministério da Saúde, 6,6% dos meninos e meninas de 0 a 5 anos de idade são considerados obesos.

Um sofá, um jogo de cartas e a companhia de July, a cadelinha de estimação – isso é tudo o que Matheus desejou nas férias na casa da avó, a não ser por um mero detalhe. Ele é um ex-gordinho. Aos 7 anos, ele chegou a pesar 60 quilos – quase o mesmo peso que tem hoje, aos 11 anos. Como o pai é hipertenso e a mãe tem colesterol alto, a saúde do garoto inspira preocupação.

"Eu comecei a fazer o prato dele e controlar o tempo que ele está em casa e a quantidade que ele vai comer, porque se deixar ele repete", diz a mãe de Matheus, Fabiana Branco.

Em muitas crianças, a obesidade começa a dar sinais antes das primeiras papinhas e colheradas. Os médicos chamam a atenção para bebês de até 1 ano que estão sendo superalimentados. Um dos maiores riscos está na gestação. Mães que engordam muito na gravidez podem ter bebês acima do peso.

Pesquisadora do Hospital das Clínicas de São Paulo, a endocrinologista Sandra Vilares acompanha centenas de adolescentes com dificuldades para emagrecer e alerta: a criança fofinha de hoje pode ser o gordinho de amanhã.

"Criança obesa por volta dos 7 anos tem 50% de chances de ser um adulto obeso, e o adolescente obeso tem 80% de chances de ser um adulto obeso", afirma Sandra.

Mais um benefício que a amamentação traz: segundo os médicos, crianças que são amamentadas no peito por mais tempo têm menos chance de se tornarem obesas.





Fonte: G1

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