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Saúde
Quarta - 09 de Julho de 2008 às 15:15
Por: Luis Fernando Correia

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Commotio cordis, um golpe que mata. Não estamos falando de artes marciais e sim de um problema cardiológico. Afinal o que é isso?

Duas crianças brincando de lutas e uma atinge a outra no peito, que cai desmaiada e, se não for atendida a tempo, pode morrer, vítima de um problema cardíaco. O que pode ser isso, além de um pesadelo de mãe?

É o “commotio cordis”, quadro de arritmia cardíaca maligna, desencadeada a partir de um impacto direto no tórax. O desmaio que acontece a seguir pode ser súbito ou mesmo acontecer momentos após o traumatismo, dependendo do tipo de arritmia que se instale no coração.

Segundo os registros norte-americanos, o problema pode atingir vítimas de três meses a cinqüenta anos de idade, ficando a média de idade aos treze anos.

Os médicos acreditam que o tórax das crianças é mais estreito e têm ossos com maior elasticidade, permitindo a transmissão da energia do golpe ao coração, desencadeando a arritmia.

Existem relatos de eventos desse tipo em esportes dos mais variados tipos como: hóquei, beisebol, basquetebol e artes marciais. Além do choque entre atletas, o impacto de bolas ou equipamentos esportivos também pode ser a causa do acidente.

Infelizmente a taxa de ressuscitação após um “commotio cordis” é baixa, como em qualquer parada cardíaca, ficando em torno dos 15% de sucesso.

A boa notícia vem do fato de que a colocação de desfibriladores externos automáticos em estádios e o treinamento de técnicos e leigos em atendimento de parada cardíaca vem tornando a recuperação desses eventos mais freqüentes.

O diagnóstico prévio de quem sofrerá um evento desses não pode ser feito, porém a avaliação criteriosa de crianças e jovens que vão participar de atividades desportivas pode identificar portadores de alterações cardíacas que predisponham á ocorrência de arritmias.

Após a ressuscitação de alguém que sofra um “commotio cordis” o tratamento envolve a realização de ecocardiograma e estudos de arritmia e pode necessitar a implantação de um desfibrilador.

Os desfibriladores implantavéis são pequenos aparelhos que detectam as arritmias e liberam um choque diretamente no coração revertendo o quadro que ameaçava a vida.





Fonte: G1

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