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Cidades/Geral
Sábado - 08 de Junho de 2013 às 19:46

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A Defensoria Pública de Mato Grosso, por meio do Núcleo de Direitos Humanos, começa a averiguar indícios de abusos praticados contra haitianos na fronteira do Brasil com o Peru. Nos últimos meses, tem aumentado significativamente o número de haitianos que buscam refúgio no país e especialmente em Mato Grosso pelas oportunidades de trabalho.


 
A informação de supostos abusos foi repassada à Defensoria Pública pelo diretor da Pastoral do Migrante, padre Olmes Milani. Com a ajuda de um tradutor, o coordenador do Núcleo de Direitos Humanos, defensor público Roberto Tadeu Vaz Curvo, vai ouvir os haitianos para adotar as medidas cabíveis. O idioma adotado por eles é o crioulo.


 
Em um primeiro momento, o defensor diz que as providências serão no campo diplomático ao alertar as autoridades e pedir providências sobre os abusos que estariam sendo cometidas contra estas pessoas, que se encontram em condição de vulnerabilidade.


 
Na quinta-feira (6), Roberto Tadeu conversou com o diretor do Centro Pastoral do Migrante, que relatou alguns fatos contados pelos estrangeiros, que chegam em Cuiabá em busca de trabalho. Neste ano, 435 haitianos passaram na Pastoral do Migrante. O número é praticamente o mesmo de todos os atendimentos feitos pela entidade em 2012, quando somaram 488. Na quinta-feira, haviam 109 haitianos no local, enquanto a capacidade é para 57 pessoas.


 
O diretor relatou ao defensor público que alguns deles chegaram sem nada na Pastoral. E, mais especificamente na fronteira do Peru, eles passam por revistas e seriam nestas abordagens que estariam acontecendo os abusos. "A maioria chega sem dinheiro, sem roupa", disse Milani. "Nós queremos que descubram o que acontece com eles. A gente faz questão de investigar", pediu Olmes Milani. Por se tratar de uma questão relacionada aos direitos humanos, Vaz Curvo lembrou sobre a necessidade de primeiramente ouvi-los para apurar o caso e em seguida contatar com a Embaixada do Peru.


 
Até chegar ao Brasil, os haitianos, em muitos casos, têm que negociar a entrada com os coiotes e acabam gastando todo o seu dinheiro, contudo eles chegam esperançosos na nova pátria que querem adotar.





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