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Nacional
Quarta - 09 de Julho de 2008 às 08:53
Por: Mirella D'Elia

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, voltou a criticar a "espetacularização das prisões" durante operação da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (8). Ele disse que a Operação Satiagraha da PF, que investiga desvio de verbas públicas e crimes financeiros, “dificilmente” é compatível com o estado de Direito.

“De novo é um quadro de espetacularização das prisões, isso é evidente, dificilmente compatível com o estado de Direito, uso de algema abusivo, já falamos sobre isso aqui, mas tudo isso terá que ser discutido”, disse Gilmar Mendes, ao chegar a uma solenidade no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na noite desta terça.

Na ação da PF, foram presos, entre outros, o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o empresário Naji Nahas.

Gângster

No último dia 1º, Gimar Mendes atacara o vazamento de escutas telefônicas em investigações criminais feitas pela PF. Na ocasião, ele cobrou uma atuação enérgica do governo federal para coibir o suposto uso dos grampos para intimidar agentes públicos. E disse que isso é “coisa de gângster”.

“Veja que tipo de terrorismo lamentável. Coisa de gângster, quem faz isso na verdade não é agente público, é gângster”, disse.

Navalha

Durante as investigações da PF sobre o esquema de fraude em licitações desmontado pela Operação Navalha, um suposto vazamento equivocado de informações, em 2007, irritou o ministro. Na época, segundo ele, a PF teria vazado que alguém com nome igual ao dele estaria numa lista de autoridades que teriam recebido presentes da construtora Gautama, principal alvo da ação.

Na ocasião, ele aproveitou para criticar a atuação da Procuradoria Geral da República. Disse que muitas vezes ela é “co-autora, cúmplice e conivente” com a prática.

“Muitas vezes, esses fatos são revelados e ficam na memória apenas daqueles que são eventualmente prejudicados ou atingidos. Hoje mesmo falei com o dr. Antonio Fernando [de Souza , procurador-geral da República] que o Supremo Tribunal Federal vai exigir que essas representações que foram encaminhadas tenham curso”, afirmou.





Fonte: G1

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