Isabella nunca retratava madrasta em desenhos, diz professora
Segundo ela, Isabella retratava a mãe, o pai e os avós nos desenhos que fazia na escola, mas nunca desenhava a madrasta Anna Carolina Jatobá. As informações são da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo que acompanha os depoimentos nesta quinta-feira (3) no Fóruim de Santana, Zona Norte da capital paulista.
Fernanda, que deu aula para Isabella em 2007 e nos primeiros meses desse ano, contou que era Ana Carolina Oliveira, a mãe da menina, quem participava das reuniões na escola. Segundo ela, uma vez no ano passado Ana Oliveira autorizou Alexandre Nardoni a ir buscar Isabella na escola.
Ela recordou que Alexandre Nardoni e sua irmã, Cristiane Nardoni, levaram um bolo à escola para o aniversário de Isabella no ano passado. A professora disse nunca ter visto a criança com sinais de agressão. Fernanda Assumpção definiu a menina como esperta, feliz e comunicativa.
Entre as 12 testemunhas convocadas para esta quinta-feira (3) (o pedreiro Gabriel dos Santos não compareceu), estava um morador do Edifício London. João Aparecido Jacomento, que estava em Santos, a 73 km de São Paulo, na noite do crime, disse que falou apenas uma vez com Alexandre Nardoni por conta de uma obra que realizava em seu apartamento.
O vizinho do casal relatou nunca ter visto as crianças ou ouvido barulho de brigas no apartamento de Alexandre Nardoni e Anna Jatobá.
Dossiê
O pai de Alexandre Nardoni, o advogado Antônio Nardoni, afirmou que deve divulgar na próxima semana um dossiê sobre supostas irregularidades no inquérito policial que apurou a morte de Isabella, ocorrida em 29 de março.
Ao chegar o fórum, Antônio Nardoni falou sobre o dossiê. “Vou montar um dossiê sobre as irregularidades. Vou mostrar, provando para vocês, todo o cerceamento, desde o início até agora. O inquérito foi conduzido por dois delegados que desde o início chamavam o casal de assassino”, afirmou.
Antônio Nardoni ainda afirmou que a delegada do 9º Distrito Policial, Renata Pontes, mantinha contato com Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabella, o que para ele comprometeria a isenção das investigações. O avô de Isabella também questionou, sem citar nomes, o motivo de algumas testemunhas não terem sido ouvidas em juízo.
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