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Nacional
Quinta - 03 de Julho de 2008 às 20:19
Por: Silvia Ribeiro

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A professora da menina Isabella, Fernanda Assumpção, foi indicada pela defesa do pai e da madrasta para prestar seu depoimento à Justiça. Ela relatou ter visto Alexandre Nardoni poucas vezes na escola e que nunca foi procurada por ele para tratar de questões relativas à criança.

Segundo ela, Isabella retratava a mãe, o pai e os avós nos desenhos que fazia na escola, mas nunca desenhava a madrasta Anna Carolina Jatobá. As informações são da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo que acompanha os depoimentos nesta quinta-feira (3) no Fóruim de Santana, Zona Norte da capital paulista.

Fernanda, que deu aula para Isabella em 2007 e nos primeiros meses desse ano, contou que era Ana Carolina Oliveira, a mãe da menina, quem participava das reuniões na escola. Segundo ela, uma vez no ano passado Ana Oliveira autorizou Alexandre Nardoni a ir buscar Isabella na escola.

Ela recordou que Alexandre Nardoni e sua irmã, Cristiane Nardoni, levaram um bolo à escola para o aniversário de Isabella no ano passado. A professora disse nunca ter visto a criança com sinais de agressão. Fernanda Assumpção definiu a menina como esperta, feliz e comunicativa.

Entre as 12 testemunhas convocadas para esta quinta-feira (3) (o pedreiro Gabriel dos Santos não compareceu), estava um morador do Edifício London. João Aparecido Jacomento, que estava em Santos, a 73 km de São Paulo, na noite do crime, disse que falou apenas uma vez com Alexandre Nardoni por conta de uma obra que realizava em seu apartamento.

O vizinho do casal relatou nunca ter visto as crianças ou ouvido barulho de brigas no apartamento de Alexandre Nardoni e Anna Jatobá.

Dossiê

O pai de Alexandre Nardoni, o advogado Antônio Nardoni, afirmou que deve divulgar na próxima semana um dossiê sobre supostas irregularidades no inquérito policial que apurou a morte de Isabella, ocorrida em 29 de março.

Ao chegar o fórum, Antônio Nardoni falou sobre o dossiê. “Vou montar um dossiê sobre as irregularidades. Vou mostrar, provando para vocês, todo o cerceamento, desde o início até agora. O inquérito foi conduzido por dois delegados que desde o início chamavam o casal de assassino”, afirmou.

Antônio Nardoni ainda afirmou que a delegada do 9º Distrito Policial, Renata Pontes, mantinha contato com Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabella, o que para ele comprometeria a isenção das investigações. O avô de Isabella também questionou, sem citar nomes, o motivo de algumas testemunhas não terem sido ouvidas em juízo.





Fonte: G1

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