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Saúde
Sábado - 08 de Junho de 2013 às 12:24

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Monkey Business/Foto Stock
Disfunção cognitiva é uma complicação comum em pacientes idosos após cirurgia de grande porte
Disfunção cognitiva é uma complicação comum em pacientes idosos após cirurgia de grande porte
A exposição a anestesia geral aumenta o risco de demência em idosos em 35%, de acordo com pesquisa apresentada no Euroanaesthesia, congresso anual da Sociedade Europeia de Anestesiologia (ESA).



 
Disfunção cognitiva, ou POCD, pode ser associada com a demência vários anos depois. POCD é uma complicação comum em pacientes idosos após cirurgias de grande porte. Tem sido proposta uma associação entre POCD e o desenvolvimento de demência devido a um mecanismo patológico comum através do peptídeo beta amiloide.



 
Vários estudos experimentais sugerem que alguns anestésicos podem promover a inflamação de tecidos do sistema nervoso que levam a POCD e / ou precursores da doença de Alzheimer, incluindo placas beta amiloides e emaranhados neurofibrilares. No entanto, permanecia incerto se POCD pode ser um precursor da demência.



 
Agora, os pesquisadores da INSERM, na França, analisaram o risco de demência associado à anestesia em um grupo de base populacional de idosos com 65 anos ou mais.



 
A equipe utilizou dados de um estudo projetado para avaliar o risco de demência e o declínio cognitivo devido a fatores de risco vascular. Entre 1999 e 2001, o estudo incluiu 9.294 participantes com 65 anos ou mais em três cidades francesas (Bordeaux, Dijon e Montpellier).



 
Os participantes com 65 anos ou mais foram entrevistados no início do estudo e, posteriormente, 2, 4, 7 e 10 anos depois. Cada exame incluiu uma avaliação cognitiva completa com o rastreio sistemático de demência.



 
A partir do segundo ano de seguimento, 7.008 participantes sem demência foram convidados responder se tinham histórico de anestesia (anestesia geral (GA), local ou anestesia loco-regional (LRA)) desde o último acompanhamento.


 
A idade média dos participantes foi de 75 anos e 62% eram mulheres. No segundo ano de acompanhamento, 33% dos participantes relataram uma anestesia ao longo dos dois anos anteriores. Um total de 632 participantes desenvolveram demência durante os 8 anos seguintes de acompanhamento.


 
Os pesquisadores descobriram que os pacientes dementes eram mais propensos a ter recebido anestesia (37%) do que os pacientes sem demência (32%).


 
Após os ajustes, os participantes com pelo menos uma anestesia geral no histórico tiveram um risco 35% maior de desenvolver demência em comparação com os participantes que não receberam anestesia.


 
"Estes resultados mostram um aumento do risco de demência vários anos após a anestesia geral. O reconhecimento de POCD é essencial no manejo perioperatório de pacientes idosos. A longo prazo, o acompanhamento desses pacientes deve ser planejado", conclui o líder da pesquisa François Sztark.





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