Mangabeira firma aliança com setor produtivo de Mato Grosso
O ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, estabeleceu aliança como setor produtivo e parlamentares de Mato Grosso com objetivo de ajudar a superar gargalos nas áreas ambiental e agropecuária no Estado. O ministro disse, durante reunião com a bancada federal e empresários, que ajudar Mato Grosso é o caminho para consolidar dois grandes projetos de Estado: a Amazônia e a nova agricultura brasileira. A reunião ocorreu no gabinete do ministro, em Brasília, nesta quinta-feira (03.07).
“Mato Grosso pode ser a vanguarda de duas grandes e principais obras ambiciosas que vamos juntos construir no Brasil. O estado é a intersecção para um novo desenho da agricultura e uma amazônia sustentável que fará do Brasil modelo para o mundo”, afirmou o ministro.
Segundo ele, este é o momento para unir força entre Estado (em todas as esferas), parlamentares e entidades em um movimento organizado e articulado. “Temos uma oportunidade efetiva, precisamos nos organizar estrategicamente”, afirmou Unger.
Será criada uma agenda de trabalho em que deverá envolver outros encontros com o ministro e visitas em vários estados brasileiros e países produtores e consumidores.
Era tudo que as lideranças rurais e parlamentares de Mato Grosso queriam ouvir. O estado é o mais endividado do país e reúne as piores condições de produção e de logística. De acordo com Eduardo Moura (PPS-MT), parlamentar que substituiu o deputado Homero Pereira (PR-MT) por 120 dias, a reunião foi muito produtiva, mostrou que o ministro tem conhecimento dos problemas e tem clara a solução para a agricultura e a floresta amazônica no Brasil.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja-MT), Glauber Silveira, no entanto, disse que os agricultores serão parceiros em todas as ações de Governo a favor da floresta e da agricultura, mas precisam de ações imediatas para que possam plantar a próxima safra.
“Temos dois problemas que requerem soluções urgentes: crédito e rentabilidade. Convivemos com frete 250 dólares mais caro que do resto do Brasil. Faltam R$ 2 bilhões de crédito para safra e o agricultura há quatro anos acumula prejuízo. Produtores estão vendendo suas propriedades à grandes empresários estrangeiros”, contou Silveira.
Mangabeira Unger afirmou que se reunirá com o presidente da República Luiz Inácio Lula, e levará os problemas que considerou de ordem emergencial e estruturante. O ministro disse que o desenvolvimento depende de uma reestruturação dos órgãos governamentais para regularizar produtores com pendências ambientais; promover a regularização fundiária entre outras, são medidas,que segundo o ministro, podem ser estruturadas em duas obras institucionais e física.
“Precisamos organizar a agricultura brasileira, superar o contraste negativo entre agricultura empresarial e familiar. Agricultura moderna não cabe mais este modelo. Temos de fazer os órgãos federais funcionar para tirar a população da ilegalidade, solução que passa pela regularização fundiária. Combinar medidas administrativa e jurídica. Simplificar leis. Criar corredores de preservação e não apenas unidades. Substituir gradativamente pecuária extensiva pela intensiva combinada com atividade florestal. Enfrentar problemas de transporte e de insumos. Organizar a comercialização. São idéias que temos de trabalhar juntos para implementá-las”, apontou Mangabeira.
Comentários