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Economia
Segunda - 30 de Junho de 2008 às 19:28

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O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta segunda-feira (30) que o governo irá combater a alta da inflação, mas sem "esculhambar" com a economia brasileira.

A afirmação foi feita antes do início da reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) na qual será decidida a meta de inflação para 2010. O governo também deve anunciar a nova TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), utilizada nos empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

O ministro comentou o resultado da pesquisa CNI/Ibope, que mostrou estabilidade na avaliação positiva do governo e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A consulta também mostra que 65% dos brasileiros acreditam que a inflação vai aumentar nos próximos seis meses, pior índice verificado desde 2004.

"A avaliação do governo é boa. A inflação preocupa. Mas nós adotamos uma série de medidas desde o início do ano para combater a inflação", afirmou.

Bernardo citou o aumento dos juros promovido neste ano pelo Banco Central, a elevação do superávit primário (economia do governo para pagar os juros da dívida) e as medidas de restrição ao crédito como parte desse trabalho. Disse também que agora é preciso ver os efeitos dessas mudanças antes de tomar medidas adicionais.

"Nós queremos combater fortemente a inflação, mas também não queremos esculhambar com a economia. Precisamos esperar para ver o resultado e aí, na seqüência, se precisar, tomar novas medidas."

Salário mínimo

O ministro negou que haja uma nova indexação da economia promovida pelo governo, por conta do reajuste do salário mínimo, do Bolsa Família e dos salários dos servidores acima da inflação.

"O salário mínimo tem tido reajuste acima da inflação, mas não está indexado. Não tem nenhuma vinculação com a inflação", afirmou.

Documento divulgado na semana passada pelo Banco Central mostra que a instituição já prevê uma inflação de 6% neste ano. Já a pesquisa do BC com o mercado financeiro aponta para uma taxa de 6,3%.

A meta de inflação para 2008 e 2009 é de 4,5% com margem de dois pontos de tolerância, podendo chegar a 6,5%. A expectativa é que a meta para 2010 também seja fixada hoje em 4,5%.





Fonte: Folha Online

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