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Saúde
Sexta - 27 de Junho de 2008 às 18:03

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Os especialistas são unânimes: luz fluorescente não faz mal à saúde e nem prejudica a visão. O único efeito negativo possível, como qualquer outro tipo de lâmpada, é cansaço quando a intensidade luminosa for insuficiente à realização de uma atividade, como a leitura, por exemplo. Por isso, o importante é buscar uma luz que proporcione conforto.

Há certas crendices sem fundamento em relação ao que é prejudicial. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmoloogia (CBO), pouca luz, computador, televisão, videogame ou muito estudo não enfraquecem a visão, apenas podem causar cansaço e irritabilidade nos olhos. Nenhum esforço visual é prejudicial, independente da idade da pessoa. Se ela precisar de óculos não será porque leu demais ou de menos. Então, não dá para usar essa desculpa para deixar de estudar.

Mas a idéia que as lâmpadas fluorescentes faziam mal não é completamente infundada. Antigamente, os equipamentos eram mais precários e podiam causar algum tipo de estresse visual. Isso porque os reatores eram mais simples e trabalhavam em 60 ciclos ¿ hertz (unidade de medida de ciclos, oscilações ou freqüências por segundo, descoberto pelo físico alemão Heinrich R. Hertz). Isso provocava o efeito de estroboscópico, quando não se percebem alguns movimentos pelo fato de a lâmpada piscar na mesma freqüência em que o objeto se move, gerando estresse visual.

Hoje, segundo a fabricante de lâmpadas Osram, as lâmpadas fluorescentes de qualidade funcionam com reatores eletrônicos de alta freqüência, na faixa de 35 mil ciclos ¿ hertz, o que traz maior qualidade. Por isso, as que operam com reator eletrônico não cansam a visão.

Quando comparadas às incandescentes, as lâmpadas fluorescentes compactas, ou seja, as que usamos em casa, possuem a vida útil maior e consomem menos energia elétrica. Porém, são comercializadas por um preço mais elevado. Uma curiosidade é que, ao longo da vida da fluorescente, há uma redução do fluxo luminoso, o que significa que ela iluminará menos do que no início da sua utilização.

A utilização deste tipo de lâmpada reduz significativamente a exploração dos recursos naturais, pois, quanto menor o consumo de energia, menor será a necessidade de novas usinas para produzi-la. Depois do apagão de 2001, o consumo de fluorescente explodiu no Brasil, o que resultou em um aumento significativo das importações do produto, nem sempre de qualidade.

Por isso, o governo federal editou algumas normas e, desde o final de 2007, exige-se a aprovação destes produtos no Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro), que verifica a conformidade da lâmpada, atestando as aprovadas por meio da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), afixada ao produto. A etiqueta mostra que a lâmpada passou por vários ensaios fotométricos, de vida e de depreciação para provar ser mais eficiente que as lâmpadas incandescentes. Uma das conclusões do trabalho do Inmetro é que as lâmpadas compactas produzidas no Brasil não são prejudiciais ao ambiente.

Mais uma curiosidade: a lâmpada fluorescente tem sua vida média dimensionada para oito acendimento diários e, a cada acendimento a mais, terá sua vida diminuída. Se o número de acendimentos for menor, a vida útil aumenta proporcionalmente. Assim, recomenda-se que, quando saímos de um ambiente por tempo superior a 15 minutos, devemos apagar a luz e, quando não ultrapassarmos esse tempo, é mais econômico deixá-la ligada.





Fonte: Redação Terra

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