Novos materiais de algodão serão lançados pela Fundação MT
Quatro novas variedades de algodão serão lançadas pré - comercialmente pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, durante a Visita Técnica de Algodão 2008 que se realizará a partir do dia 1ª de julho nas principais regiões produtoras de Mato Grosso.
FMT 523, FMT 701 Plus, FMT 705 e FMT 707 são os nomes das novas variedades que darão segurança e sustentabilidade aos cotonicultores. Todas são resistentes à virose e bacteriose e apresentam excelente qualidade de fibra, além de alto potencial produtivo.
A FMT 523, cultivar de ciclo precoce que será indicada para a finalização de plantio e o cultivo de safrinha produziu em uma área de cinco hectares destinados para produção de sementes de algodão, 346@ por hectare (ha). Esta área faz parte do campo experimental da Fundação MT localizado no município de Rondonópolis, região em que a média de produtividade varia de 250 a 270@/ ha. Excelente qualidade de fibra e tolerância à ramulária complementam as características da FMT 523. Dessa forma a Fundação MT fornece ao mercado de safrinha excelentes alternativas de cultivares de ciclo precoce de soja (TMG 123) e de algodão (FMT 523).
Maior tolerância à ramulária e melhoria da qualidade de fibra são as principais características da FMT 701 Plus que a diferenciam em relação à FMT 701, cultivar já consagrada no mercado mato-grossense.
Resistência à ramularia e aos nematóides do algodoeiro são as principais características das variedades FMT 705 e FMT 707. De acordo com Paulo Aguiar, gestor do Programa de Melhoramento Genético de Algodão da Fundação MT, o cultivo destas variedades possibilitarão ao produtor reduzir número de aplicações de fungicidas. Segundo o pesquisador, a média de aplicação em Mato Grosso na safra 2007/2008 deverá ser de seis a sete aplicações, destes quatro foram para controle específico de ramulária. O maior volume de aplicação registrada foi na região de Campo Novo do Parecis e Sapezal, onde os produtores chegaram a fazer até dez aplicações de fungicida. Na Serra da Petrovina as aplicações variaram de quatro a sete sendo que, no ano passado, o volume não ultrapassou quatro aplicações nesta região.
Um dos principais fatores para o aumento da incidência de ramulária foi o aumento de inóculo, que foi ocasionado pela presença de soqueiras mal destruídas, das condições ambientais favoráveis e do plantio de cultivares altamente suscetíveis. “Em geral, a cultivares com maior suscetibilidade, apresentam maiores perdas por apodrecimento de maçãs”, explica Paulo Aguiar, pesquisador da Fundação MT.
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