Pai evitava deixar Isabella com madrasta, diz mãe
Segundo o depoimento de Ana Carolina, Alexandre sempre pedia para que sua irmã, Cristiane Nardoni, cuidasse da menina. A avó materna da menina, Rosa Maria de Oliveira, também disse que conversava sobre esse assunto com Cida, mãe de Alexandre. A bancária Ana Carolina Oliveira também disse no depoimento, segundo o Bom Dia São Paulo, que Alexandre Nardoni não conversou com ela e nem a olhou no dia do incidente, "como se nada houvesse acontecido".
Em outro depoimento no Fórum de Santana, o morador que chamou a polícia disse que um outro vizinho chegou a falar com o filho de 3 anos do casal Nardoni na noite do crime. Na conversa, segundo o Bom Dia São Paulo, o vizinho teria perguntado se alguém havia entrado no apartamento e a criança teria negado. O vizinho teria perguntado quem tinha jogado Isabella, mas o menino parecia assustado.
Uma antiga vizinha da família Nardoni disse ter presenciado brigas entre o casal, em que os dois gritavam muito. Segundo a vizinha, o motivo das discussões teria sido o ciúme que Anna Jatobá tinha da mãe de Isabella, motivo pelo qual a madrasta disputaria o colo de Alexandre com a enteada.
Um taxista, que teria levado Anna Jatobá e uma criança de colo da Avenida Mazzei até o edifício London em fevereiro, teria dito que Jatobá disse que estava se separando do marido por causa da enteada. Anna Carolina teria alegado que Alexandre dava mais atenção, mais carinho para Isabella do que para ela e para os filhos.
Isabella Nardoni, 5 anos, foi encontrada ferida no dia 29 de março no jardim do prédio onde moram o pai Alexandre Nardoni e a madrasta Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo. Segundo os Bombeiros, a menina chegou a ser socorrida e levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da 0h.
O inquérito policial apontou que ela foi agredida, asfixiada e jogada do sexto andar do edifício. No dia 18 de abril, Alexandre e Anna Carolina foram indiciados por homicídio doloso, triplamente qualificado. No dia 6 de maio, o promotor Francisco Cembranelli denunciou e pediu a prisão preventiva do casal, aceita pela Justiça.
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